Seu Recursos Humanos aceita inovar? | Felipe Gruetzmacher
Geralmente, implantar uma nova ideia numa empresa é difícil pelos seguintes motivos:
- A corporação já tem processos consolidados
 - A ideia pode não ter sido validada pelo mercado e não há um processo claro para executá-la
 - Uma boa ideia executada da maneira errada pode gerar desempenho financeiro muito negativo para corporações
 - Nenhum gestor é obrigado a adotar um projeto só porque vai trazer, aparentemente, resultados positivos para a organização
 - A legislação pode não conseguir acompanhar a inovação. Nesse caso, os projetos apresentados para o mercado enfrentam barreiras jurídicas e dificuldades de enquadramento legal (controle de qualidade e proteção do consumidor)
 
E se um novo processo (projeto embrionário) implantado na gestão dos talentos humanos trouxesse ganhos, benefícios e atendesse a critérios legais simultaneamente?
Acredito que qualquer inovação no departamento de recursos humanos precisaria deixar bem claro:
- Resolução de um problema
 - Mitigação ou eliminação das consequências desse problema
 - Benefícios
 - Leis atendidas
 
Um exemplo disso seria a automatização de processos de seleção e recrutamento (HR Techs) que traria talentos diversos em pouco tempo.
E isso significa:
- Fim das dificuldades em incorporar a diversidade nas empresas (resolução de um problema)
 - redução dos custos para atrair e desenvolver talentos (eliminação das consequências desse problema)
 
- maior diversidade no ambiente corporativo (benefícios)
 - fim da discriminação nas contratações (atender o Artigo 5º do Capítulo 1 da Constituição da República Federativa do Brasil)
 
Ora, o Artigo 5º do Capítulo 1 da Constituição Federativa do Brasil é assim apresentada:
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (…)”
Direito ao emprego
O direito ao emprego decente está incluso nessas linhas. Até porque a vida em sociedade fica inviável sem geração de emprego para todos. Noutras palavras, uma inovação que satisfaz uma necessidade do mercado e cumpre uma lei traz impactos sociais positivos mais duradouros, combinando a liberdade econômica com exigências legais. Assim:
- Facilita o trabalho de explicar benefícios e ganhos da inovação
 - A legislação pode até fornecer orientações para consolidar um processo ou um método (ideia executável)
 - A correta execução da ideia traz retornos financeiros mais consistentes e enquadramento legal
 - A alta gerência tende a dar mais ouvidos a inovações que atendem às leis e trazem ganhos para as empresas
 - A legislação é um ótimo instrumento para avaliar os impactos positivos de uma inovação (se satisfaz muitas leis, pode trazer mais impacto social positivo)
 
Essa lógica aplicada à gestão de recursos humanos pode trazer uma transformação incrível! A questão vai além: a conciliação entre mercado (liberdade) e Estado (direito e deveres) pode harmonizar esses dois pólos contraditórios.
É facilitar o empreendedorismo e a atuação do Estado. Portanto, um departamento de recursos humanos que inova com o propósito de impactar pessoas e atender o maior número de leis pode:
- Gerar mais empregos
 - Incorporar a diversidade, talentos únicos e meritocracia (três pólos anteriormente irreconciliáveis e que geram muitos debates)
 - Reduzir desigualdade de oportunidade e promover a justiça social
 - Fazer as empresas atingirem mais clientes a partir de recursos humanos alocados estrategicamente (execução inteligente)
 - Entregar mais qualidade de vida para as pessoas e colaboradores (bom clima organizacional)
 - Métricas bastante técnicas para entender o desempenho organizacional
 - Maior segurança jurídica e transparência na justiça do trabalho e no universo Startup
 
Organizações estatais podem analisar o contexto econômico e avaliar a contribuição de cada entidade empresarial inovadora no cumprimento das leis e na oferta de mais qualidade de vida para a população. A iniciativa privada pode ser um apoio importante para um governo inteligente, a efetivação da cidadania e vice-versa.
Felipe Emilio Gruetzmacher é formado em gestão ambiental, educação ambiental e se especializou em copywriter através de muitos cursos online, muita prática e dedicação. Autor na Comunidade EA é um dos mais lidos na plataforma. Tenta decifrar os enigmas do trabalho humano, até porque essas questões podem mudar os rumos da sociedade humana e acelerar a marcha da história rumo à Utopia.
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