Lucas Bessa
De Auckland, Nova Zelândia
JORNADA FINAL

Para a EA Magazine

 

2022. Acho que desde de sempre eu tive uma curiosidade de entender sobre como as coisas funcionam. 

E normalmente sobre coisas bem aleatórias, desde como funciona a fabricação de garrafas de vidro, passando por como o piloto automático de um avião sabe por onde irá voar para ir da origem ao destino, e chegando até como o dinheiro usado para pagar uma fatura de cartão vai parar na conta dos comerciantes que venderam os produtos.

Essa curiosidade sempre me acompanhou desde o início da minha carreira. 

Em praticamente todos os projetos e iniciativas que participei até hoje, quase sempre teve mais de uma equipe envolvida. E mesmo quando eu ainda era desenvolvedor júnior, e o que precisava ser feito chegava para mim com tudo definido, eu tinha uma necessidade de pelo menos entender o básico do que era feito pelas outras equipe. Pois dessa forma, me ajudava a ter uma segurança a mais de que o que eu que estava desenvolvendo iria atender aos requisitos de negócio. Não por acaso, isso me ajudou para me tornar um Analista de Negócios, onde entender como negócio funciona faz parte do meu dia-a-dia, e me ajudou muito nos primeiros anos aqui na Nova Zelândia. 

Trabalhar em outro idioma

Como mencionei no texto anterior, o começo do meu primeiro emprego aqui foi bem desafiador. Morando em outro país e trabalhando em tempo integral em outro idioma, em um negócio totalmente diferente do que eu havia trabalhado antes. Apesar da dificuldade inicial, esse emprego me ajudou muito a entender melhor como muita coisa por aqui funciona.

E fui aprendendo pelo menos o básico de coisas. Como um sistema de programa de fidelidade funciona, como o imposto de uma compra é calculado e recolhido (spoiler: sim, é extremamente bem mais simples e eficiente do que no Brasil) e até sobre como funciona o processo de licenciamento de veículos (um dos clientes era credenciado para prestar alguns serviços administrativos do “Detran” daqui).

Outra experiência muito boa que venho tendo até hoje é a oportunidade de trabalhar com pessoas de origens e culturas diferentes. A Nova Zelândia é um país de imigrantes e é bem interessante como isso se refletiu nas empresas daqui. Na maioria as empresas que trabalhei ou tive algum contato, a maior parte das pessoas não nasceu na Nova Zelândia. Já tive a chance de trabalhar com chineses, indianos, filipinos, russos, romenos, vietnamitas e franceses (só para citar alguns) e é bem legal como as experiências de vida totalmente diferentes de cada um enriquece diversas discussões de trabalho.

Escassez de mão de obra em TI

Mais recentemente, assim como em vários países pelo mundo, também estamos enfrentando escassez de mão de obra na área de tecnologia, em praticamente todas as áreas de conhecimento. O que é ruim para as empresas em geral, mas muito bom para o profissional que deseja explorar outras opções de trabalho ou progredir na carreira.

Falando em progressão de carreira, outra diferença para o Brasil é que aqui normalmente você não ganha uma promoção. Para progredir para o próximo cargo, você sempre precisa aplicar para a vaga do cargo que você almeja e potencialmente concorrer com outras pessoas, até mesmo quando é uma vaga interna da própria empresa. 

Uma vez que você é aprovado, seu contrato de trabalho é atualizado para refletir seu novo cargo, suas novas responsabilidades e o novo valor de salário que foi negociado. 

No meu caso, a algum tempo comecei a notar um aumento na oferta de vagas disponíveis em diversos bancos daqui e resolvi aproveitar a chance. A vaga em que estou hoje me chamou a atenção por permitir trabalhar no time de pagamentos do banco e é uma área com muita oportunidade de crescimento. O Brasil nesse sentido está bem mais avançado, apenas como exemplo ainda não temos nada parecido com o Pix por aqui.

Também pretendo aproveitar o suporte do Banco para me atualizar profissionalmente, mas a prioridade no momento é dar a devida atenção para família, mesmo que isso signifique tirar o pé do acelerador no que se refere a evolução de carreira.

A você que acompanhou aqui na EA, a minha jornada profissional do Brasil para a Nova Zelândia, espero que tenha gostado dos meus relatos. 

Se quiser saber mais detalhes sobre como é trabalhar e viver fora do Brasil, entra em contato comigo por meio do meu perfil do Linkedin. Abraços! 

 

Um país belo!

A Nova Zelândia é a terra dos kiwis e das ovelhas. Fica no sudoeste da Austrália, na Oceania. O país é formado por 2 ilhas: a ilha do norte, onde se localizam vulcões e lagos de água ferventes. E a ilha do sul, com montanhas e picos altíssimos, florestas, ilhas e praias.

image 1 Easy Resize.com - Progressão da minha carreira na Nova Zelândia  image 2 Easy Resize.com - Progressão da minha carreira na Nova Zelândia image 3 Easy Resize.com - Progressão da minha carreira na Nova Zelândia  image 4 Easy Resize.com - Progressão da minha carreira na Nova Zelândia

 

Relato 1. Minha história com a tecnologia. 

Relato 2. Aterrisamos na Nova Zelândia. 

 

Lucas Bessa foto 1 Easy Resize.com 2 - Progressão da minha carreira na Nova Zelândia
Lucas Bessa trabalha desde 2007 em projetos, inciativas e consultorias de tecnologia. A maior parte de sua carreira atuou no sistema financeiro de varejo, em players como Itaú, Rede e Bradesco. Desde 2019, mora em Auckland, Nova Zelândia, onde é Senior Business Analyst no ASB Bank. 
https://www.linkedin.com/in/lpbessa/ 

 

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