A angústia do escritor | Felipe Gruetzmacher
Ser um escritor, às vezes, pode ser um ato muito solitário. Pesquisar, estudar e analisar ideias para buscar inspiração são ações que exigem que a pessoa esteja acostumada com o isolamento. Por isso, apesar de ser uma pessoa extrovertida e que sabe lidar com as demais, meu ofício exige longos períodos de afastamento de todo mundo. Tenho uma maneira bem peculiar de me conectar emocionalmente com as pessoas: adoro ser gentil com elas. Estar à serviço dos demais é uma característica muito acentuada na minha personalidade idealista. Às vezes, as pessoas não entendem essa minha tentativa de mostrar afeto.
Tenho dificuldade em encontrar algum propósito ou alegria fora do meu trabalho de escrever. Com tantos desafios, eu me sinto uma pessoa deslocada, sem rumo ou direção definidos na vida. Muitas pessoas lidam com os mesmos dilemas emocionais que os meus.
A solidão é uma das piores distopias.
- Como podemos combatê-la e nutrir conexões autênticas com as pessoas?
- Existe sentido fora do trabalho?
- De que forma podemos agregar qualidade de vida no ambiente laboral?
- Qual é a melhor maneira de acolher cada estilo de amar das pessoas?
- É possível chegar a um equilíbrio entre trabalho e vida particular?
Os conceitos abaixo responderão as questões com base no livro “As Cinco Linguagens do amor” de Gary Chapman.
Alguns insights
Existem diferentes linguagens para expressar afeto por alguém.
Uma linguagem do amor é um jeito de comunicar sentimentos para a pessoa amada.
Há cinco linguagens básicas
- Na maioria das vezes, duas pessoas formam um casal que têm diferentes formas de manifestar afeto (diferentes linguagens). Isso significa problemas para manter o amor acesso.
- Por isso, uma pessoa precisa aprender a linguagem do outro e vice-versa.
- Se duas pessoas conseguem se comunicar, ambas se sentem valorizadas e amadas.
- O casamento ou união entre duas pessoas precisa encorajar o crescimento pessoal de ambos.
- A paixão é um pico emocional temporário. Esse deslumbramento precisa ceder espaço para o amor genuíno.
- Amar é lutar pelos interesses de outra pessoa. Ser amado é ter os próprios interesses defendidos pela pessoa amada. É intencional.
As cinco linguagens básicas do amor
- Palavras de afirmação: elogios e palavras de apreciação.
- Qualidade de tempo: aproveitar tempo com seu cônjuge para realizar atividades conjuntas. Nessa linguagem de amor, a atenção deve estar focada no outro. Dar um passeio só os dois é um exemplo.
- Receber presentes: presentear uma pessoa é outra forma de simbolizar o afeto e é uma atitude emocionalmente forte. São símbolos visuais de amor. A própria aliança matrimonial carrega muitos valores emocionais e simbolismos. A própria presença física do cônjuge em eventos importantes é uma espécie de presente.
- Formas de servir: são atitudes gentis que o cônjuge realiza. Por exemplo: cuidar das crianças, levar o cachorro para passear e limpar a casa. São atos de bondade.
- Toque físico: Andar de mãos dadas, beijar, abraçar e manter relações sexuais são formas de comunicar amor.
Como descobrir a sua linguagem do amor?
No início do relacionamento, o que você mais pediu para seu parceiro ou parceira?
Eu, por exemplo, adoro apoiar pessoas com favores e gentilezas. Minha linguagem do amor é “formas de servir”. Procuro participar das atividades de algum grupo de amigos desde o começo.
A linguagem do amor não serve apenas para o matrimônio: é um conceito aplicado a todos os relacionamentos humanos.
Outra maneira de praticar a autodescoberta do afeto é responder essas questões:
- O que seu cônjuge faz, ou deixa de realizar, que mais o (a) magoa? O oposto a isso é, provavelmente, sua linguagem do amor.
- O que você mais solicita de seu cônjuge? Aquilo que mais requisita dele, é provavelmente o que faz você sentir-se mais amado (a).
- Qual a forma mais frequente de você expressar amor a seu cônjuge? Essa pode ser uma indicação de que, através da mesma, também se sentiria amado (a).
Satisfazer as necessidades emocionais de acordo com a linguagem emocional do outro ativa o amor e estimula que o outro ame na nossa própria linguagem, numa troca voluntária entre afetos.
O futuro do trabalho e a linguagem do amor
Muitas famílias e casais são dilacerados pela falta de um equilíbrio entre o cotidiano conjugal, familiar e profissão. O fato é que essa discussão sobre qualidade de vida e futuro do trabalho merece maior aprofundamento científico para que mais pessoas ganhem voz e vez, reivindicando uma postura ativa da área de RH.
Só assim é que estratégias dos gestores de talento podem ser validadas para alcançar uma harmonia
Questões que alinham o tema futuro do trabalho, saúde mental e vida pessoal.
- Quais os programas da área de RH são executados para acolher colaboradoras que planejam ter filhos ou já são mães? E no caso dos pais ou futuros pais?
- Como fica o cotidiano conjugal quando os filhos já atingem a maturidade? Mesmo que o trabalho signifique autorrealização para profissionais 50+, essa satisfação precisa acompanhar as transformações na vida particular.
- Quais automatizações podem libertar as pessoas de tarefas estafantes, simplificar a conexão demanda e talento para que sobre mais tempo para o desfrute da vida pessoal? Como as famílias estão se preparando para o surgimento de novos modelos de trabalho? Quais serão os papéis sociais incorporados por cada cônjuge?
Obviamente, as questões não se esgotam aqui. Mesmo assim, acredito que o resultado do texto tem sido muito positivo: fomentar a discussão com aportes científicos da psicologia.
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Conto 18: O espião sem rosto. Acesse aqui.
Felipe Emilio Gruetzmacher é formado em gestão ambiental, educação ambiental e se especializou em copywriter através de muitos cursos online, muita prática e dedicação. Autor na Comunidade EA é um dos mais lidos na plataforma. Tenta decifrar os enigmas do trabalho humano, até porque essas questões podem mudar os rumos da sociedade humana e acelerar a marcha da história rumo à Utopia.
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