Diálogos sobre o Futuro do Trabalho

Por Felipe Gruetzmacher

 

No dia 19/07 estreou o primeiro episódio do projeto WorkLab, série de Lives EA com foco em Diálogos do Futuro do Trabalho. Realização da EA Magazine em parceria com a Hiro Comunicação.

Será no Instagram da EA Magazine, quinzenalmente, sempre às quartas, às 19 horas. A série é apresentada pela RH Influencer Aline Sousa que receberá como convidados, os colunistas da EA.

Narrativa | Episódio de Estreia

Apresentação e moderação
Aline Sousa, Top Voice e Prêmio i-Best 20+ RH 2023

Colunistas EA Convidados
• Patrícia Bertão – Head de Vendas, TIM
• Claudio Moreira, Treinador de Alta Perfomance, Conquer

Principais insights compartilhados:

 

Aline Sousa
• O progresso tecnológico facilita processos
• Infelizmente, este progresso tecnológico traz sobrecarga mental, distração, dependência, redução da qualidade de vida
• O fator humano não pode ser esquecido nos locais laborais
• Estamos virando versões algorítmicas de nós mesmos!
• O mercado de trabalho está em mutação: temos diferentes maneiras de trabalhar, o que estimula que as novas gerações “pulem” de um emprego para outro

Patrícia Bertão
• Sua fala posiciona a tecnologia a favor das pessoas
• Contextualiza que as relações humanas sempre existirão nas empresas
• Quem entende de negócios, precisa entende de pessoas, daí sua visão de gestão humana
• Enfatiza porém que a falta de propósito e alinhamento entre pessoas e ambiente corporativo é um empecilho para ambos: empregado e empregador
• Por isso, o fator humano é indispensável e a tecnologia é só mais um acréscimo facilitador nessas relações

Aline Sousa
Concorda que a tecnologia é complementar e afirma que as lideranças precisam estar mais próximas das equipes e parar de trabalhar no automático

Cláudio Moreira
• Sua fala lembra que a Revolução Industrial 4.0 foi iniciada com a Internet
• A questão “o que a humanidade fará com a máquina” é uma questão antiga. Afirma que ela reaparece sempre quando a inovação ressurge nos mercados com uma nova roupagem
Ele aborda 2 questões interessantes:
1. Quantos seres humanos vão ser necessários para mover a economia digital?
2. Estamos obesos de tanta informação e desprovidos de sentidos.
3. Nossos cérebros até podem acessar diferentes fontes de informações, só que nossa sensibilidade foi atrofiada.
4. Todas as pessoas estão sendo desumanizadas pelo excesso de informação

Aline Sousa
• O bem-estar na empresa deve ser estratégico, como fator de atrair talentos
• Pois a não qualidade da saúde mental acaba refletindo no comportamento das equipes e performance da empresa

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E reflete: Como o futuro vai oferecer possibilidades de aprendizagem com tanta informação consumida de forma rápida?

Cláudio Moreira
• Em sua fala ele se preocupa com a superficialidade do conhecimento trazida por uma tecnologia que simplifica demais as relações de aprendizagem
• Observa que não há reflexões aprofundadas e consistentes em consumir rápidos vídeos sobre algum tema com foco em aprender uma nova habilidade

Aline Sousa
• Enfatiza que as rotinas do RH podem ser simplificadas excessivamente
• Por exemplo: áreas do RH aplicando sempre as mesmas questões como numa eterna receita de bolo

E salienta: Assim, em processos seletivos, novos talentos não são atraídos por empresas com áreas de RH tão antiquadas:
• O candidato escolhe a organização em que vai trabalhar e vice-versa. É um alinhamento de valores e expectativas (“fit cultural”)
• É fundamental nisso que empresas trabalhem e comuniquem bem sua marca empregadora, mas não apenas como discurso, mas com propósitos

Patrícia Bertão
• Como se libertar das receitas de bolo? Ora, relações humanas são complexas demais para caber empassos pré-programados
• Por isso, o aprender constante e a educação constante (lifelonglearning) podem ser um remédio contra a simplificação do conhecimento
• O foco deve ser em ampliar o repertório, as habilidades e o know-how, habilidades
• O candidato deve focar em estar alinhado com a cultura empresarial e não só responder as questões corretamente nos processos seletivos

Claudio Moreira
• Nos tempos antigos, os caminhos profissionais ofereciam três alternativas:
a) Concurso público
b) Empreender
c) Atuar numa empresa gigante (player)

• Hoje em dia, existe maior oferta de empregos e modelos de se trabalhar: startups, terceiro setor e negócios de impacto social, são exemplos
• A empresa precisa fortalecer a marca empregadora para atrair bons talentos

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Aline Sousa
• Pergunta se os convidados já se depararam com greenwashing e/ou socialwashing

Patrícia Bertão
• Responde que a empresa dela pratica uma real inclusão e conexão com a diversidade
• Empresas se voltam, agora, para o próprio interior, para entender como melhorar a atração de diversos perfis d talentos
• Infelizmente, muitas organizações não se interessam pelo tema da diversidade

Aline Sousa
• Cita um caso de um rapaz que não conseguiu um emprego porque comentou que é casado com outro homem numa seleção de talentos
• E amplia: performance empresarial melhora com a diversidade

Cláudio Moreira
• Responde e contextualiza a importância do letramento sobre diversidade: um entendimento mais profundo acerca do tema
• Os comitês sobre diversidade são outra boa estratégia para diversificar os talentos e as equipes
• A grande maioria dos brasileiros é negra, miscigenada ou parda. O problema é que essa grande maioria é sub-representada nos cargos de liderança. E aí, acaba acontecendo a exclusão social
• A representatividade dentro do processo decisório faz com que uma liderança pense como seu público-alvo. Assim, fica mais fácil para conquistar mercados e melhorar a performance

Aline Sousa
Contextualiza sobre a importância da comunicação organizacional
• O modo como a liderança se expressa afeta as pessoas
• Traz para o encontro que Cláudio tem grande experiência com comunicação não-violenta

Cláudio Moreira
• Afirma que a comunicação não-violenta é baseada em diálogos horizontais e feedbacks baseados em dados e informações
• É mais racional e menos pessoal
• Um exemplo é a frase “Você não entregou o relatório do jeito que combinamos”.Os elementos do contexto laboral justificam e embasam o feedback

Patrícia Bertão
• Contextualiza que cada pessoa tem uma perspectiva sobre um mesmo assunto. Por isso, a comunicação não-violenta exige empatia, sensibilidade e conhecimento sobre o contexto

Aline Sousa
• A comunicação não-violenta procura embasamento em dados e informações para melhorar a qualidade dos argumentos e feedbacks. Assim, é possível descartar vieses inconscientes
• A própria tecnologia agrega dados tangíveis para um feedback mais específico

Patrícia Bertão
• Reforça que o feedback não deve ser só críticas
• Existe o feedback que funciona como um ativador de melhora.
• É o elogio que reforça bons comportamentos

Aline Sousa, encerra a Live refletindo com seus convidados:

“Liderados podem criticar lideranças?”

Claudio Moreira
• Responde e fala sobre a necessária segurança psicológica para escutar feedbacks
• Existe feedbacks para a correção de rumos e reforço do bom comportamento
• Feedbacks de melhoria de posicionamentos
• Falta muito para atingir comunicação de mão dupla, onde lideranças e equipes se beneficiem

Patrícia Bertão
• Responde como o autoconhecimento pode ser uma ferramenta para que a liderança performer melhor
• Até porque as lideranças também cometem erros!
• Feedbacks das equipes ajudam as lideranças a trilhar o caminho da melhoria contínua

LIVES EA
Quinzenalmente, às 19h
Transmissão Instagram da EA
Assista aqui Live 1

EDITORIAL

 

felipe Easy Resize.com

Felipe Emilio Gruetzmacher é formado em gestão ambiental, educação ambiental e se especializou em copywriter através de muitos cursos online, muita prática e dedicação. Autor na Comunidade EA é um dos mais lidos na plataforma. Tenta decifrar os enigmas do trabalho humano, até porque essas questões podem mudar os rumos da sociedade humana e acelerar a marcha da história rumo à Utopia.

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