Saúde emocional: A importância do coaching na prevenção | Sandra Lima Pereira

 

Estamos a viver uma época de “vendas ambulantes” no que diz respeito ao coaching. Será uma moda ou é mesmo uma necessidade? E para que serve afinal, o coaching? Poderão todos ser elegíveis para um processo deste âmbito?

O termo foi criado no seio da área desportiva, onde Coach significa treinador, sendo o coaching: um processo de treino.

O coaching emocional reúne técnicas e ferramentas para orientar e gerir o dia a dia pessoal e profissional:

  1. Aquela mudança que necessita ser feita
  2. Alterar o foco para trabalhar ou atingir objetivos pessoais
  3. Busca de melhoria da autoestima fragilizada por adversidades da vida
  4. Início ou acompanhamento de um processo de emagrecimento onde são trabalhados os estímulos ou motivação

Um indivíduo que não se sinta bem consigo próprio, no campo emocional/mental, não desempenha as melhores funções a nível pessoal e profissional, alavancando problemas comportamentais por má gestão emocional, por exemplo.

O ciclo nocivo começa aqui e segue pelas outras áreas da vida que ficam desnutridas ou desacompanhadas.

O papel do Coach é simples: metaforicamente falando, costumo dizer que sou o “GPS e a Assistência Técnica numa Viagem” que os meus clientes têm de fazer.

Exemplificando: Um condutor tem um trajeto de A até B, coloca o destino no GPS, este o guiará até chegar onde pretende, consoante o tempo de viagem, possíveis alternativas, imprevistos e paradas. Mas quem decide o destino é, sempre, o condutor (cliente).

Resumindo, o Coachee (cliente/condutor), vai pedir ferramentas ou ajuda para saber como atingir o seu objetivo ou conseguir os seus resultados. O processo de coaching é feito pelo cliente/coachee, desde que seja bem orientado para os propósitos finais.

É isto que o Coach deve fazer: auxiliar sem interferir no trajeto dos seus clientes.

Como o Coach sabe que tem capacidade de se tornar num bom GPS e um bom Assistente de Viagem?
Um Coach para treinar, também precisa de treino. Não é um rótulo que se coloque, só porque é moda dizer que se é “Coach”. Há um percurso pedagógico que o próprio tem de vivenciar até se certificar como tal. A bagagem de vida, seja por via profissional, seja pela vida acadêmica também importa. Não podemos esperar que uma pessoa com vinte anos, consiga se treinar como Coach, convenhamos que não seria credível, correto?!

Processo de coaching: com o que se pode contar?
Tudo começa no desejo de mudança: querer ou não querer, eis a questão. A escolha é sempre de quem quer usufruir do processo. É necessário ter força de vontade, ser persistente e treinar a mente de forma consistente e positiva. Não desistir à primeira dificuldade.

O processo em si, é uma oportunidade de visualização clara dos aspectos individuais, do aumento da autoconfiança, do transformar as crenças limitadoras para que o cliente  possa conhecer e atingir o seu potencial máximo e alcançar suas metas de forma objetiva, focada e assertiva.

Nas sessões com o cliente, o Coach tem a função de estimular e facilitar com o uso de ferramentas de Coaching, Gestão Emocional e PNL (Programação Neurolinguística), o propósito de se atingir metas definidas. As sessões individuais de Coaching, podem ser semanal, quinzenal ou mensal, com duração de 60 minutos.

Para quem nunca experimentou e investiu num processo de coaching, trago essas dicas:

  1. Nem todas as pessoas são elegíveis, é preciso ter a capacidade de compromisso e vontade de mudar.
  2. Coaching não é terapia, portanto não adianta substituir o psicólogo pelo Coach, essa inversão até pode ser prejudicial para a saúde mental.
  3. O Coach não decide quais são os objetivos do cliente, ajuda SIM, na elaboração do plano estratégico.
  4. O Coach não julga valores, ideais e objetivos do cliente.
  5. O processo de coaching envolve sigilo profissional do Coach.
  6. O Coach é o orientador no processo, cabe a este, conseguir motivar e inspirar nos momentos desafiantes e incapacitantes do cliente, não podendo assumir o controle ou tomada de decisão do cliente.
  7. O Coach não é o “amigo”, o guia espiritual ou o decisor do processo: poderá existir esta confusão/transferência de sentimentos.

Façam boa viagem!

 

 

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Sandra Lima Pereira é portuguesa, mora em Barreiro, Setúbal. É Life Coach, formadora de Gestão Emocional e Team Building,escritora e autora do livro: “Contos Metafóricos”, edição publicada em Portugal, em 2018, um compêndio de pequenas histórias em educar as emoções de jovens e adultos. Tem como missão:ajudar profissionais de mercado  no desenvolvimento pessoal e de carreira, na gestão emocional e comportamental. É apaixonada por plantas e gastronomia.

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