Por Claudio Moreira

 

Nesse exato momento me preparo para uma aula sobre gestão da mudança e ouço, num podcast, uma frase muito interessante de Sandro Magaldi:

“As pessoas têm que ter repertório para alcançar um nível de consciência sobre o que está acontecendo hoje”.

Imediatamente meu cérebro entrou em alta rotação pois eu sou um profissional de repertório! É sim, repertório. Estar em espaços (on e offline) em que eu possa ampliar a massa de conhecimento das pessoas, onde eu possa propor discussões que gerem reflexões, que gere sabedoria, que leve tudo isso à prática e que através da prática essas pessoas gerem melhores resultados para si e para suas empresas.

E quando ouço a palavra consciência – que deriva do latim conscius (con- “juntos” e scio “conhecer”) que significava “conhecer com” ou “ter conhecimento conjunto ou comum com outro”- penso o quanto o trabalho de capacitar pessoas em empresas é mais do que fundamental.

É a porta que se abre para uma amplitude visão.

E veja bem, quando eu digo visão, penso e algo mais do que acumular informações. Em um mundo de mudanças aceleradas, não basta acumular certificados ou participar de treinamentos apenas para preencher o currículo.

O verdadeiro diferencial está na capacidade de transformar aprendizado em ação consciente e estratégica.

É sobre compreender profundamente o cenário em que estamos inseridos e, a partir disso, tomar decisões mais inteligentes e eficazes.

Quando falo de capacitação, não estou apenas me referindo a adquirir habilidades técnicas. Trata-se de cultivar sabedoria — Aquele olhar mais amplo e crítico que nos permite conectar os pontos, antecipar tendências e agir com intencionalidade.

Vivo e trabalho para proporcionar aquisição de repertório, talvez por isso eu seja um treinador corporativo feliz e realizado.

Investir em desenvolvimento contínuo é, antes de tudo, investir em si mesmo.

Empresas que promovem essa cultura de aprendizagem ganham mais do que colaboradores capacitados. Elas ganham times conscientes, alinhados e capazes de gerar resultados que realmente fazem a diferença. Afinal, capacitação verdadeira não é sobre o que acumulamos, mas sobre o que transformamos.

Talvez você que me lê se faça a seguinte pergunta: como transformo então repertório em consciência?

Transformar repertório em consciência exige, antes de tudo, intencionalidade.

Não basta consumir informações de forma passiva; é necessário filtrar, conectar e aplicar o conhecimento adquirido.

Tem que questionar, revirar, remexer, sentir a pulga atrás da orelha, as borboletas no estômago e muito mais!

O repertório é como um grande banco de dados, mas a consciência é a habilidade de extrair sentido e relevância desse banco para o contexto atual. Isso implica em criar tempo para reflexão e questionamento:

“Como isso se aplica ao que estou vivendo agora?”

“De que forma posso usar esse aprendizado para solucionar problemas reais ou antecipar desafios?”

Somente ao internalizar e contextualizar o conhecimento, ele deixa de ser apenas informação e se torna ferramenta estratégica. Somente assim atingimos consciência.

 

IMG 20221003 WA0006 150x150 1 - Repertório, consciência e otras cositas más

Claudio Moreira é consultor de Educação Corporativa e trainer de equipes de alta performance, tem mais de 50.000 profissionais capacitados em sua trajetória profissional. É especialista em treinamentos de times de Serviços, Food Service e Varejo. É professor de cursos In Company na Conquer, é professor em cursos MBA no IPOG e na Escola Conquer. É mestre em Tecnologia Educacional, tem MBA Service Management (IBMEC) e MBA em Marketing (Fundação Getúlio Vargas). Colunista EA “Trilhos de Aprendizagem”.

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