Por Margarete Chinaglia
São profissionais que mudam de emprego com frequência!
Sabemos que os jovens trocam mais de emprego do que os profissionais sêniores. É uma tendência alta no mercado! É fato que reduz o impacto negativo do conflito no ambiente de trabalho principalmente entre gerações, mas também é inegável a ausência de conexão entre empresa e empregado.
Os “job hopping” buscam por desafios e não fixam moradia profissional, vivem cada momento na empresa onde estão, extraem dela poucas experiências e levam para a próxima. Não criam identidade!
São jovens de perfis digitais com vontade de superação e de se desafiar. Cuidam exclusivamente de suas carreiras, mas sem vínculo com empresas.
Aquela história de vestir a camisa da empresa passa longe daqui, nem sabem o que é isto. Característica forte deste profissional jovem chama-se adaptação sem apego algum. Querem melhores condições de trabalho, flexibilidade de horário, experimentando modelos novos de entrega com visão de curto prazo e são impacientes pelo crescimento, o famoso imediatismo.
Investimento sem retorno
Pelo risco de perder este profissional, as empresas não veem com bons olhos os “job hopping”. Faz parte do jogo contratar, o investimento é alto, mas acaba sendo temporário. As empresas buscam por segurança, entregas efetivas com continuidade e lucros calculados. Para isto é preciso fidelizar os talentos no emprego e estes jovens profissionais ficam por pouco tempo.
Quando falamos de tendência, sempre há vantagens e desvantagens:
- Viver mais experiências em curto espaço de tempo, mais quantidade do que qualidade.
- Difícil entregar resultados efetivos e sustentáveis em curto espaço de tempo.
- Produtividade alta que não se mantém.
- Coragem para desafios, mas deixam para trás processos que não se identificam.
- Adaptação a mudanças literalmente a própria mudança de emprego.
- Ampliação de relacionamentos interpessoais, sem criar vínculos ou apegos.
- Alta criatividade, soluções ágeis em tecnologia, mas sem fidelizar ou padronizar processos.
A versatilidade à adaptações rápidas usando a criatividade coloca o “job hopping” em evidência, mas a sustentabilidade do pula/pula no mercado de trabalho sente o impacto da não permanência.
Ainda não há equilíbrio entre a volatilidade de tempo com as entregas de trabalho.
Será que esta tendência se manterá no mercado?
Margarete Chinaglia é consultora e coach de Carreira, palestrante Diversidade e Inclusão Etária, farmacêutica Bioquímica (UNESP) e escritora. Integra o creatorsLinkedin. Tem especialização em Gestão e Promoção à Saúde (FGV), em Administração Hospitalar (UNIFAE) e MBA em Auditoria em Serviços de Saúde (IBEPEX). Colunista “Tendências de Carreira”.
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