Por Margarete Chinaglia 

O que chamamos de mercado de trabalho é a relação de quem procura emprego e de quem oferece, ou seja, vagas de trabalho e pessoas que buscam oportunidades. Isto se torna uma oferta e procura gerando uma negociação de mercado.

Mas é expectativa que temos ou criamos nesta relação ou percepção do que acontece realmente?

O mercado de trabalho hoje, se apresenta como dinâmico e em crescimento, mas várias pessoas não enxergam desta forma, tem dificuldade em entender e se comunicar.

Tanto do lado da oferta quanto da procura, houve alteração quanto as exigências comportamentais para o enfrentamento da realidade contemplando o conhecimento do negócio. Adaptabilidade e flexibilidade na convivência em equipe, assim como também é imprescindível estar inteirado das tecnologias e das inovações utilizando e fazendo a gestão de tempo e, de conflitos, para a resolução de problemas. Há complexidade!

O mercado de trabalho se divide em:

  • Primário. Diz respeito à agricultura, à pecuária e ao extrativismo
  • Secundário. Corresponde à indústria
  • Terciário. Agrega os serviços, formais ou informais, prestados nas mais diversas áreas, e também as atividades comerciais

O setor de serviço, seja ele formal ou informal, é o que mais emprega no Brasil, segundo IBGE, 2023.

Para este enfrentamento do mercado de trabalho quais são os principais desafios para quem emprega e para quem é empregado?

Empregador

  • Vencer a concorrência
  • Ter sustentabilidade financeira com lucro
  • Manter e sustentar a imagem da empresa frente ao mercado
  • Crescer exponencialmente

Empregado

  • Vencer a concorrência de pessoas para a mesma vaga
  • Possuir soft skills desenvolvidas
  • Bom conhecimento técnico
  • Experiência comprovada

Percebam que não é fácil para nenhum lado, a complexidade é grande.

O mercado de trabalho é a fusão destes desafios, é uma luta constante e frequente de sobreposição, sem falar das circunstâncias que rodam a sociedade: política, economia, saúde, família.

O empregador se depara com muitos profissionais em estágios diferentes de carreira e tentam ajustá-los para uma entrega de qualidade visando o lucro.

Os empregados se deparam com cultura organizacional instituída, regras e políticas vigentes, cobranças de resultado, muitas vezes no formato de pressão e trabalho em equipe com diferentes pessoas ou com níveis de conhecimentos desiguais, querendo um lugar ao sol.

Conciliar ambos os lados de tal forma que todos tenham vantagens é muito mais que um desafio, é quase impossível.

Para que o empregado vença ou conquiste seu lugar, tenha prazer em trabalhar e se destaque, ele precisa cuidar da própria carreira, pois ninguém mais fará isto por ele. 

É uma ilusão achar que o empregador cuidará da carreira de cada colaborador.

Esta visão deixou de ser uma falsa tendência e passou a ser um equívoco. A carreira é sua, você cuida dela!

A empregabilidade hoje define se os profissionais estão aptos ao trabalho esperado pelas empresas. Este preparo ou desenvolvimento provém do seu Plano de Carreira, o que estão fazendo para melhorar sua performance de trabalho

Lições referentes a ordem e a lógica entre empregador e empregado:

  • Cuidar da própria carreira ou do seu desenvolvimento vem antes de corresponder ao que o empregador precisa.
  • O desenvolvimento precisa ser contínuo, prazeroso e ao mesmo tempo acompanhar a demanda de mercado.
  • A oferta e a procura de emprego necessita de ajustes que priorizem a inclusão, a diversidade e equidade.
  • Quando os empregados crescem e se aprimoram, o empregador colhe os frutos junto com eles.
  • Quando o empregador cresce no mercado, os empregados também deveriam ser beneficiados e reconhecidos.
  • Quando um depende do outro e o outro depende do um, onde ficam os interesses?

 

margarete 1 - Mercado de trabalho é expectativa ou percepção?

Margarete Chinaglia é consultora e coach de Carreira, palestrante Diversidade e Inclusão Etária, farmacêutica Bioquímica (UNESP) e escritora. Integra o creators Linkedin. Tem especialização em Gestão e Promoção à Saúde (FGV), em Administração Hospitalar (UNIFAE) e MBA em Auditoria em Serviços de Saúde (IBEPEX). Colunista “Tendências de Carreira”.

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