Por Magarete Chinaglia

 

O mercado de trabalho está repleto de profissionais seniores com dificuldades em se recolocar profissionalmente e para aqueles já empregados, em se manterem no trabalho.

Isto não é novidade! O etarismo grita!

Com a divulgação do censo em 2023 ficamos cientes que até 2030 serão mais de 30 milhões de pessoas 60+ no Brasil. Nossa população envelhece e não cresce proporcionalmente.  Isto significa que a sociedade tem que se preparar para enfrentar esta realidade.

O que as pessoas 60+, 70+… precisam para manterem qualidade de vida, já que vão viver mais?

Precisam de respeito e de um olhar clínico as suas necessidades, mesmo porque, se tudo der certo, todos nós iremos envelhecer!

  • Pessoas desta faixa etária moram ou residem em imóveis iguais aos demais? Os imóveis são adaptados para este perfil de pessoas?
  • A saúde está preparada para o aumento de demanda de atendimento com custo atrativo e condizentes às possibilidades desta faixa etária?
  • O turismo tem condições de absorver entretenimento para esta demanda com adaptações a este público, balanceando custo e qualidade?
  • As escolas, universidades estão preparadas para receber este público que não para de aprender?
  • O mercado de trabalho vai continuar excluindo e discriminando estes profissionais, sem se quer olhar seus potenciais?
  • O mercado de trabalho está preparando profissionais para as mais novas profissões que possam surgir focadas no atendimento das pessoas desta faixa etária?
  • Serão considerados os potenciais econômicos destas pessoas, cujo poder de compra se amplia, mas o que eles buscam não atendem a adaptabilidade necessária?
  • O mercado digital avança muito rápido, mas foi previsto a inclusão destas pessoas de tal forma que possam comprar, resolver, negociar, favorecer sua qualidade de vida?

Passaria aqui horas fazendo a reflexão, mas uma coisa é certa, 30 milhões de pessoas com potencial não pode ser ignorado ou ficar invisível na sociedade.

Pelo lado da oportunidade, o mercado está repleto de opções e ganha quem sair a frente, inovando e desenvolvendo soluções para este público. Trago aqui, alguns insights:

  • Casas adaptadas e/ou comunidades de convivência com estrutura, acolhimento e desenvolvimento para esta faixa etária.
  • Para a alta demanda na saúde com baixo custo assistencial, trabalhar fortemente na prevenção.
  • Adaptações no turismo para um público fiel a qualidade de vida.
  • Introdução cultural nas escolas, universidades com debates sobre o tema. Cursos específicos para atender a uma demanda que só cresce e quer se desenvolver. Adaptar é necessário e urgente!
  • Lutar, fomentar atitude governamental para regramentos no mercado de trabalho, promovendo o resgate destes profissionais altamente capacitados. Leis que garantam a perenidade da inclusão e a manutenção da empregabilidade dos 50+.
  • Adaptar necessidades sob todos os aspectos para atender um público exigente, onde ele possa “comprar” exatamente o que precisa ou que supre seus anseios.

Por isso, a tendência é ampla e forte!

O que você pode fazer para beneficiar estas pessoas e ainda tirar proveito disto hoje e no futuro próximo, já que você também irá envelhecer? Reflita!!!

Hoje é tendência, amanhã será resultado!

 

 

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Margarete Chinaglia é consultora e coach de Carreira, palestrante Diversidade e Inclusão Etária, farmacêutica Bioquímica (UNESP) e escritora. Integra o creatorsLinkedin. Tem especialização em Gestão e Promoção à Saúde (FGV), em Administração Hospitalar (UNIFAE) e MBA em Auditoria em Serviços de Saúde (IBEPEX). Colunista “Tendências de Carreira”.

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