Por Margarete Chinaglia
O mercado de trabalho avança rápido e abre portas para algumas tendências de empregabilidade que nos levam a refletir sobre o futuro e nossas carreiras.
As empresas anseiam por mudanças ágeis, por exigências robustas de produtividade e resultados econômicos. Os profissionais correm atrás do tempo para suprir as demandas e vencer os estímulos de conhecimentos e informações.
A era digital acelerou a inovação, trouxe novos modelos de negócios que por sua vez exigem novas habilidades.
Estamos em vários lugares ao mesmo tempo, vemos, lemos sobre coisas diversificadas, algumas informações rasas, outras fakes e seguimos firmes dizendo que: “sabemos disto e aquilo”.
O ser humano é adaptável, mas para sobreviver as mudanças, estas precisam ter fundamentos, regramentos, argumentos e nem sempre é assim. Somos complacentes aos novos modelos, mas que ainda estão em teste e isto nos leva para lugares inexplorados, podendo ter consequências nas nossas carreiras.
Conseguir um emprego não está fácil para ninguém
E se manter nele é um desafio para muitos profissionais. Estamos falando da empregabilidade: aprimoramento, equilíbrio, relacionamento interpessoal, formação acadêmica, experiência, rede de networking frente a um mercado que muda, inova, avança anos no digital em pouco tempo, quer resultado, mais e mais exigente.
Como lidar com as tendências da empregabilidade?
Flexibilidade no trabalho
O que a empresa quer e o que o colaborar quer, parece não ser a mesma coisa. Ampliar talentos e diversificar a competição.
Tecnologia
Domínio de novas ferramentas e plataformas. Inteligência Artificial e a automação são transformadoras, criam novas áreas de atuação, mas ainda assustam frente as possibilidades e o enfrentamento da humanização.
Aprendizado
Frequente e contínuo, é essencial para enfrentar o futuro do trabalho, mas ele não pode se embasar na aprendizagem rasa. Temos que resgatar aprofundamentos que demandam tempo de estudo como as pós-graduações. Além de conhecimento, elas desenvolvem habilidades e promovem rede de contato que ampliam a visão.
Competências
Para lidar com a Inteligência Emocional: comunicação clara, transparente, empática e colaborativa são chave para este novo mercado. Profissionais que desenvolvem o autoconhecimento tem muito mais chance de serem bem-sucedidos. Não é moda, é fato!
Saúde e bem-estar
Aparecem como prioridades entre os profissionais e as empresas tentam proporcionar num ritmo ainda lento frente a agilidade das mudanças e transformações. Ainda é desproporcional!
Diversidade e inclusão
São imperativos na fala, e na teoria, porém sem modelo. No entanto, a sustentabilidade impera e ganha força no mercado.
Empreendedorismo
Cresce e avança como opção aos profissionais que não conseguem manter sua empregabilidade porque o mercado não os absorve. Fala-se na importância do multigeracional trabalhando junto, mas na prática é cada um por si, então empreender parece ser uma saída para o impasse.
Reflexão:
Será que as empresas vão sentir falta da mão de obra experiente ou vão se adaptar e nivelar a entrega na superficialidade?
As tendências surgem como forma de compor, adaptar o mercado para uma oferta concisa, no entanto as mudanças bruscas engolem algumas tendências ou as ignoram mesmo. A agilidade tem esta desvantagem!
O maior receio é desumanizar o que ainda estava em andamento, ou seja, “o caminho da humanização” nas empresas. Não podemos regredir, esta é uma obrigação e não uma tendência do futuro do trabalho.
Que saibamos entender a importância da humanização na agilidade e no futuro do trabalho!
Margarete Chinaglia é consultora e coach de Carreira, palestrante Diversidade e Inclusão Etária, farmacêutica Bioquímica (UNESP) e escritora. Integra o creators Linkedin. Tem especialização em Gestão e Promoção à Saúde (FGV), em Administração Hospitalar (UNIFAE) e MBA em Auditoria em Serviços de Saúde (IBEPEX). Colunista EA “Tendências de Carreira”.
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