Pensa liderar em 2023? Pense nessas competências | Paulo Almeida

Ano Novo, lideranças preparadas.

Concorda?

A capacidade de adaptação é hoje, de acordo com as mais recentes pesquisas, a principal competência demandada das lideranças.

É por isso que, na Fundação Dom Cabral, acreditamos em um modelo de liderança integral. Esse modelo acredita na promoção de uma liderança completa para tempos complexos. Na verdade, a liderança integral é aquela que é capaz de lidar com as transformações do trabalho, da cultura organizacional, das novas gerações, e do Planeta.

Liderança integral é aquela que se desenvolve em sua dimensão pessoal (inteligência emocional/saúde física e mental), dimensão relacional (trabalho com pessoas, equipes, times diversos), dimensão organizacional (com um propósito, atenta à cultura e aos stakeholders), dimensão de inserção em redes (ecossistemas interno e externo), e dimensão de liderança relevante e responsável (para mobilizar pessoas e organizações para transformação da sociedade). Esses são desafios que nos conduzem às competências essenciais para liderar em 2023.

Os líderes serão pegos de surpresa se confiarem apenas em sua experiência anterior ou especialização ao tomar decisões.

Mesmo com mais dados e análises, os líderes ainda precisam adotar um pensamento holístico e permanecer abertos ao inesperado. Ao adaptável. Eles devem aprender a expandir sua própria imaginação e criatividade, para imaginar o que o futuro pode ser para a empresa e seus stakeholders, antecipar cenários possíveis e se preparar para se adaptar ao que quer que aconteça.

Em 2023, é importante continuar sacudindo o modelo comando-controle, que depende de hierarquia e regras. Os líderes devem aprender a exercer influência sem depender de autoridade formal. Eles definem a bússola organizacional – comunicam o propósito e os valores – e capacitam os outros para executar. Mas ao fazer isso, é crucial que se apoiem nos outros. O que, na prática, significa aprender a colaborar com uma força de trabalho cada vez mais diversificada em funções, níveis, geografias e até limites organizacionais.

Como em anos anteriores, em 2023 a comunicação transparente e o storytelling inspirador nunca foram tão críticos para a liderança. Conversas autênticas ajudam muito a envolver.       Uma narrativa inteligente pode alinhar diversas partes interessadas em torno de projetos inspiradores. As lideranças são as principais responsáveis pela disseminação e alinhamento da ideia de que a transformação e a adaptabilidade ajudarão as empresas a perseguir seu propósito.

Finalmente, 2023 demanda das lideranças essa capacidade para administrar o conflito que surgirá ao incluir novas vozes em suas deliberações e buscar parcerias. Ser “autêntico” – compartilhar mais sobre si mesmos do que estão acostumados, por exemplo – para se conectar com seus colaboradores remotos, é sem dúvida um desafio que requer que as lideranças em 2023 continuem trabalhando sua humanidade e vulnerabilidade. Para, de verdade, caminharem para uma liderança integral.

Em 2023 você pensa liderar? Pense nessas competências!

Paulo Almeida ColunistaEA scaled

Paulo Almeida é professor da FDC Business School (Fundação Dom Cabral) com foco em Liderança e Pessoas. Trabalhou em Bancos Centrais, Mercado Financeiro, Varejo, Digital e foi VP e CEO de Startups. De sua autoria, entre livros e artigos, tem mais de 200 publicações.

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