Por Sônia Crisóstomo

 

Esquece capitalismo, socialismo, e todos os ismos que você acabou de se lembrar. Está chegando forte um novo conceito, um novo ismo que tem como base a felicidade do ser humano.

Senhoras e senhores, bem-vindos à era do HAPPYTALISMO.

O termo ainda é relativamente novo, mas já começa a tomar cor e proporção e chega como promessa de ser um novo paradigma para o desenvolvimento humano.

Em meio a um clima de alegria e de entusiasmo, Raul Varela Barros, diretor geral do World Happiness Institute, anunciou a publicação recente de um livro que para mim já é de leitura obrigatória, de autoria de Luis Gallardo e Javier Garcia-Campayo, “Happytalismo, Um Novo Sistema Para Um Mundo Mais Feliz”.

Nós, enquanto sociedade, já estávamos dando sinais claros de que, do jeito que estava, a relação entre pessoas & pessoas e pessoas & empresas não estavam saudáveis. Da boca pra fora, falamos de capitalismo selvagem, sem nos darmos conta exatamente do que estamos falando e os estragos quase irreparáveis que essa selvageria causa(va) em nossa psique.

Vamos retomar alguns movimentos recentes, que já alertavam sobre a explosão da bomba emocional.

  • Idadismo ou Ageísmo. São atitudes preconceituosas e discriminatórias no tratar pessoas de idade mais avançada como obsoletas.
  • The Great Resignation. Movimento em que as pessoas já deixam de se identificar com seu empregador, basicamente pela ausência de reconhecimento e de um ambiente organizacional saudável, o que o leva à demissão voluntária.
  • A Renúncia Silenciosa. Exatamente pelos motivos citados acima, mas sem o ímpeto do autodesligamento, as pessoas simplesmente “fazem o que são pagas pra fazer, no horário contratado”. Ou seja: aquele pequeno esforço, aquela milha a mais, deixa de fazer sentido, pelos motivos descritos e por observar a falta de atenção à sua vida pessoal, afetiva e familiar.

E por último, mas não menos importante, vivemos dois anos de pandemia. Esses dois anos foram como se tivéssemos vivido 10 em 2. A tecnologia acelerou, a forma de trabalhar mudou, as doenças mentais e emocionais explodiram, profissões deixaram de existir, a escola e o trabalho mudaram-se para a sala de casa, os relacionamentos sofreram dimensões bipolares: ou se estreitaram, ou foram à litígio.

Não há a mínima condição de passar por tudo isso sem que haja uma transformação social. Entendendo que o conceito social é concernente a uma comunidade humana de indivíduos que coexistem e se relacionam sob um mesmo regime estrutural.

Nesse ínterim, Javier Garcia-Campayo sinaliza o que eu quero assistir, vivenciar, experienciar e contribuir: que o Happytalismo vem, ao contrário do capitalismo, por “ao centro de nossas ações, dos nossos interesses, no centro do mundo, não o benefício econômico… mas a felicidade, sem deixar de considerar os aspectos econômicos, sociais e políticos”.

É bom demais para ser verdade?

A roda também era.

A internet também era.

O avião também era.

O trem também era.

A TV também era.

A vacina para a pólio também.

Assim, bem feliz, eu já começo a arrumar minha casa interior, jogar fora o que não preciso mais, queimar o que não serve a ninguém e tomar banhos e banhos de informação para que, quando o futuro chegar, eu não só observe. Mas participe.

Eu continuo a acreditar na humanidade.

Bora?

 

SONIA coluna TECH PORTUGAL - Para tudo!

Sônia Crisóstomo é casada, mãe de duas filhas, apaixonada pela vida e pelo mar. Formada e pós-graduada em Ciências da Computação, MBA em Executive Marketing. Sócia do WholebeingInstitute e ETI Europe. Mais de 30 anos em empresas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação. Diplomata Civil Humanitária, G100 Global AdvisorCouncilMember, Embaixadora Master do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e Membro do Conselho Administrativo do Instituto Raiz Nova. Formada em Inteligência Emocional, Programação Neurolinguistica, Hipnoterapeuta com especialização em Hipnose Clínica. Formação Internacional em PSicologia Positiva. Colunista da Revista Mulher Africana e feliz escritora com 3 livros publicados. Colunista EA “Felicidade”.

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