Por Sônia Crisóstomo

 

Em 1938, pesquisadores da Universidade de Harvard, iniciaram um estudo com 700 rapazes estudantes e moradores de bairros mais pobres da cidade de Boston, nos Estados Unidos.

O objetivo era identificar os efeitos das amizades em suas vidas. Esse estudo ganhou o nome de StudyofAdultDevelopment – Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto

A pesquisa acompanhou esses jovens durante toda a sua vida, para perceber seus estados físicos, mentais e emocionais. Esse importante estudo, demonstra o poder que as amizades desempenham na longevidade e felicidade.

O estudo continua ainda hoje com mais de 1.000 homens e mulheres filhos dos originais 700 rapazes, e hoje é liderado pelo psiquiatra Robert Waldinger, o quarto líder dos estudos desde o seu início. O vídeo em que o psiquiatra fala sobre a relação benéfica que as amizades trazem para a nossa vida, já foi visto e baixado por mais de 11 milhões de pessoas pelo mundo.

Mas como nos manter na #vidareal com tantos apelos tecnológicos, tantas informações, tantos apelos visuais, o vício na pequena tela que nos transporta para um “metamundo” criado por nós para nos sentirmos confortáveis e seguros?

A resposta é simples, mas requer atitude e principalmente, reconhecimento do seu estado de desconexão da vida real em função do seu mundo externo, virtual, “construível” e seguro.

Vamos então, colocar mãos à obra e perceber o que está roubando o nosso tempo com pessoas de verdade. O tempo pandêmico que vivemos desde 2020 afastou as pessoas uma das outras e várias situações de fobia tomaram espaço em nossas vidas.

Alguns de nós não conseguem ficar em ambiente com muitas pessoas, outras se desnorteiam com luz ou barulho.

O medo da morte nos separou de nós mesmos e dos outros, o que ironicamente nos aproxima dela.

O que devemos ter em conta se quisermos #mudar para melhor a nossa vida, neste era digital e pós-pandemia? Trago aqui alguns insights:

A importância das relações sociais

Como citado acima, estudos comprovam que nós, humanos, somos criaturas sociais e necessitamos de conexões sociais para crescer e prosperar. Desenvolver amizades significativas e forte rede de amigos contribui para o bem-estar e até mesmo melhora nossa saúde física e mental.

Rede de apoio
As amizades nos trazem um senso de pertencimento que pode nos ajudar a atravessar momentos mais difíceis e a diminuir o estresse. Sabendo que existem pessoas que estão lá por nós, e que existe este suporte emocional, podemosnos sentir mais seguros, aumentar nossa felicidade e diminuir a sensação de solidão.

Compartilhar experiências
As amizades geralmente envolvem experiências compartilhadas, o que normalmente é fonte de #felicidade. Elas podem ser uma viagem entre amigos, tentar um esporte de equipe como, por exemplo,remo, futebol ou mesmo dança. Ou simplesmente estar juntos dividindo experiências e criando memórias que fazem a vida valer a pena.

Risadas e brincadeiras
Normalmente quando estamos com amigos, alguém sempre traz uma história engraçada ou acontece algo que nos faz rir. Quando sorrimos, produzimos endorfina, hormônio produzido pelo próprio organismo e é conhecido como “hormônio/hormona da felicidade”.Agindo em conjunto com a serotonina, bloqueia a produção do estradiol e adrenalina, produzidos em situações e raiva e estresse, elas que causam enfraquecimento do sistema imunológico.

Senso de propósito
As amizades podem trazer também um senso de significado e propósito. Quando temos amigos próximos, normalmente temos também um certo senso de cuidado e responsabilidade sobre eles. Normalmente cuidamos, perguntamos se estão bem, ligamos ou estamos ao lado dos amigos em situações difíceis. Esse cuidado nos faz sentir que causamos um impacto positivo na vida de alguém.

Pergunto a você:
Sabe quantos contatos tem na agenda de seu celular? 100? 200? 1000? 2000? Com quantas dessas pessoas você se comunica regulamente? E dessas pessoas, quantas você pode mesmo chamar de amigos?

Não perde tempo não, a vida passa tão rapidinho. Tanto a felicidade como a dor, tem seu período de acontecer. Escolha criar mais momentos felizes e deixe que somente os “perrengues” aconteçam quando você não tiver nenhum controle sobre eles.

Passa a mão no telefone agora e chama aquele amigo, aquela amiga pra um café ou um vinho.

 

 

sonia COLUNISTA (1)

Sônia Crisóstomo é casada, mãe de duas filhas, apaixonada pela vida e pelo mar. Formada e pós-graduada em Ciências da Computação, MBA em Executive Marketing. Sócia do WholebeingInstitute e ETI Europe. Mais de 30 anos em empresas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação. Diplomata Civil Humanitária, G100 Global AdvisorCouncilMember, Embaixadora Master do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e Membro do Conselho Administrativo do Instituto Raiz Nova. Formada em Inteligência Emocional, Programação Neurolinguistica, Hipnoterapeuta com especialização em Hipnose Clínica. Formação Internacional em PSicologia Positiva. Colunista da Revista Mulher Africana e feliz escritora com 3 livros publicados. Colunista EA “Felicidade”.

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