Por Sonia Crisóstomo
O processo de autoconhecimento é um caminho a ser percorrido desde o dia em que nascemos até o dia em que a Força Superior considera nossa missão cumprida neste plano. Mas o caminho, com sorte, é longo e temos que aprender todos os dias.
Na medida em que toda uma sociedade evolui e, vamos considerar que nos últimos 30 anos essa evolução veio a galope, devemos nos adaptar mais rapidamente a uma sociedade que saiu do analógico para o 5G em poucas décadas. Um processo evolutivo no qual não conseguimos parar para nos adaptar. É como se trocássemos os pneus de um carro com ele em movimento, você concorda comigo?
Sou da geração dos bloomers, que estão assim “rotulados” os que nasceram de 1946 a 1964, portanto, 18 anos separam essas gerações. Antes disso era a geração dos meus bisavós, dos avós e depois, dos meus pais.
E o tempo mudou e tudo ficou em ritmo alucinado, com 15 anos somente de diferença entre elas. A Geração X vai de 1965 a 1985. Os Millenials já são os nascidos entre 1981 a 1996 e a Geração Z, de 1997 a 2012. A partir de 2012, os Alphas.
Com todas essas mudanças, não é muito fácil se adaptar e criar novas rotinas. Não falo somente de tecnologia, mas sim de mudança de comportamento, reconhecimento de novos gêneros, novos modelos empresariais em como lidar com colaboradores e, em comportamentos, como lidar com a nossa própria imagem. Temos um novo papel social e econômico no empreendedorismo feminino e, ao mesmo tempo, vivenciamos uma geração de crianças que já nascem digitais, e que não temos ideia do que serão capazes de fazer com esse mundo e com uma sociedade com tantos geracionais que estamos a compartilhar.
Preservar a essência
Nesse sentido o autoconhecimento é a chave para manter a saúde mental, o equilíbrio emocional e a felicidade. Mesmo com tantas mudanças de impacto, não podemos nos distanciar da nossa essência. Aquela coisa única que faz de nós as únicas pessoas na terra a ter a nossa aparência, voz, formato de corpo, cor de cabelo, maneira de sentar e falar, maneiras de ver a vida. Somos únicos.
Tudo à nossa volta está em constante mudança e ao vislumbrá-las, devemos ter em mente quem queremos ser daqui a 3, 4, 5, 10 anos. Existem vários “eus” em cada um de nós.
O EU IDEAL
É que é aquela persona que você deseja ser um dia. É nesta pessoa do futuro que estão depositados seus sonhos. Onde deseja estar, o que deseja fazer, com quem deseja estar. Sintetiza suas habilidades e conquistas que deverão um dia ser alcançadas.
O EU AUTÊNTICO
Inclui o que você tem de melhor e aquelas coisinhas que não tão boas assim. Você pode ou não reconhecer, mas é o “pacote” desses comportamentos que fazem você ser quem é. Quanto mais você reconhece seu eu autêntico, mais descobre as habilidades atuais e as que precisa desenvolver para acompanhar todas as mudanças e chegar ao seu eu ideal.
O EU ESPERADO
É aquela pessoa que os outros desejam que você seja agora ou no futuro. É aquela história da mãe que chega para sua filha e diz “construí essa empresa para você e você tem que assumir”. Nesse contexto, os sonhos e os “eus” da filha são aspirações de terceiros.
Treine então, a cada dia para se conhecer suas forças, seus pontos de melhoria e seu espaço, aquele que é somente seu e de mais ninguém. A felicidade está em se reconhecer no espelho e em se orgulhar daquilo que você vê.
Sonia Crisóstomo é casada, mãe de duas filhas, empreendedora e escritora. Formada e pós-graduada em Ciências da Computação, MBA em Executive Marketing. Sócia do Wholebeing Institute e ETI Europe. Mais de 30 anos em empresas de Telecomunicações e de Tecnologia da Informação. Formada em Psicologia Positiva, Inteligência Emocional, Programação Neurolinguística, Hipnoterapeuta com especialização em Hipnose Clínica. Diplomata Civil Humanitária, G100 Global Advisor Council Member, Embaixadora Master do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e Membro do Conselho Administrativo do Instituto Raiz Nova. Colunista da Revista Mulher Africana. Prêmio Gênios da Atualidade de 2023 na categoria Escritora do Ano em Portugal. Grand´Ambassadeur da Divine Académie des Arts Lettres et Culture da França. É Colunista EA “Felicidade”.
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