O que eu tenho a ver com o Metaverso? | Sônia Crisóstomo
Além de todas as letrinhas que já conhecemos, ultimamente estamos ouvindo mais e mais sobre 5G, IoT (Internet das Coisas), IA (Inteligência Artificial), Realidade Aumentada, Hologramas e tudo isso nos conduzindo sem que percebamos (será?), ao METVERSO. O termo passou a ser mais difundido quando, em Outubro de 2021, Mark Zuckerberg anunciou a mudança de nome de suas plataformas digitais, Facebook e Instagram para META.
Mas a ideia já vem sendo construída há muito tempo. No filme Thor (Marvel), de 2011, o personagem transita entre os Nove Reinos e já em seguida, em 2015, o outro filme, Dr. Estranho, já sugeria uma realidade paralela, o Multiverso, onde o personagem através de habilidades desenvolvidas, conseguia transitar num mundo paralelo, em uma outra realidade, influenciando os dois mundos.
E quem não se lembra das Crônicas de Nárnia onde um simples guarda-roupa era um portal para um mundo onde seres diferentes dos humanos travavam as mesmas lutas entre o bem e o mal que travamos nós, em um mundo bético? Mas vamos sair da tela e voltar ao mundo que vivemos hoje e que estamos começando a conhecer chamado METAVERSO.
Aplicações
As aplicações são as mais diversas. Na área da educação, por exemplo, permite que sejam desenvolvidos ambientes de simulação de testes em laboratórios e assim os alunos, através do ambiente virtual, podem ter experiências reais.
A área médica pode se beneficiar, permitindo operações à distância, e cursos onde os alunos manipulam “corpos reais em ambientes virtuais”. Estamos vivenciando uma nova forma de nos desenvolver, com muito mais profundidade e assertividade.
Em janeiro de 2022, o souagro.net anunciou que no show rural digital, iria ser apresentado um ambiente de realidade virtual onde o visitante vivencia a experiência de estar em um pulverizador em pleno funcionamento.
E ouvimos então falar nas NFT´s. Mas o que são elas?
NFT é um acrônomo para Non-Fungible Token, que é basicamente um certificado de autenticidade de um arquivo, como um certificado digital de uma obra no mundo meta.
Por exemplo: se você é um artista e quer vender seu quadro no Metaverso, você “autentica” a obra e ela passa a ser reconhecida como legítima e assim, pode ser comercializada.
A beleza desse mundo é que mais de uma pessoa pode ter a mesma obra original, pagando por ela.
Assim como para os Bitcoins, existe uma autenticidade via blockchain, assim também são as NFTs que são validadas através dessa cadeia de dados, aportando autenticidade e valor ao objeto do mundo virtual.
E a coisa vai mais adiante! Já pensou em comprar um terreno, isso mesmo, TERRA, no mundo virtual? Esse é um ativo de grande valor, movimentando (até agora) mais de USD 100,000,000.00 (cem milhões de dólares) semanalmente.
Show business
O show business também já experimenta o novo ambiente. A cantora Ariana Grande, em parceria com a Fortnite, já produziu seu primeiro show no ambiente. Ainda é para poucos, pois os valores de desenvolvimento tecnológico do ambiente ainda é pra quem não faz conta de alguns milhões de dólares.
O Canaltech, aposta que novas carreiras surgirão a partir desse novo mundo como por exemplo: construtor de mundos, desenvolvedores de avatares, cyber segurança, cientista, estrategista, dentre outros.
Um artigo da Gartner sugere que vai se levar aproximadamente uma década para que estejamos todos envolvidos nesse ambiente visto que pessoas e organizações precisam estar preparadas para a virada. E nesse contexto, estaremos vivenciando um novo estágio da internet, uma nova internet, onde a receita anual estimada chegará potencialmente a 1 trilhão de dólares.
Salto quântico
Com tantos números, tantos zeros, você deve estar pensando que tudo isso está muito longe de você. Mas não. Já estamos vivenciando a mudança que, apesar das previsões, não sabemos se haverá um “salto quântico”, de dez para cinco, ou três anos para que estejamos vivendo tudo isso, em nosso dia a dia, em nossas casas.
Nos dias de hoje, já fazemos consulta com telemedicina, os exames de imagem já estão em nuvem, os hologramas estão cada vez mais presentes nas reuniões, os avatares dos games já são realidade. E se você é resistente e acha que não pode ser a pessoa que usa, pode ser a pessoa que paga! É nesse mundo que nossos filhos e netos crescerão.
Que tenhamos equilíbrio de transitar nesses dois mundos com sabedoria, investir em NFT, e no fim de semana abraçar (abraço real) os amigos.
Existe um fator imutável nesses dois mundos. Queremos ser felizes! Viver uma felicidade real e, ao fim do dia, depois do shutdown dos aparelhos, sem avatares, sem projeção de um eu que criei, sermos somente humanos com um software de calma e paz rodando em primeiro plano.
O desafio é ser feliz com a pessoa que eu sou.
Tá pronto(a)? Mode ON!
Sônia Crisóstomo é casada, mãe de duas filhas, apaixonada pela vida e pelo mar. Formada e pós-graduada em Ciências da Computação, MBA em Executive Marketing. Sócia do WholebeingInstitute e ETI Europe. Mais de 30 anos em empresas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação. Diplomata Civil Humanitária, G100 Global AdvisorCouncilMember, Embaixadora Master do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e Membro do Conselho Administrativo do Instituto Raiz Nova. Formada em Inteligência Emocional, Programação Neurolinguistica, Hipnoterapeuta com especialização em Hipnose Clínica. Formação Internacional em PSicologia Positiva. Colunista da Revista Mulher Africana e feliz escritora com 3 livros publicados. Colunista EA “Felicidade”.
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