O feminino na tecnologia  | Felipe Gruetzmacher

 

Num futuro distante, um computador inteligente chamado Sigma faz uma proposta para a humanidade: implantar chips no cérebro humano por meio de cirurgias. Com esses chips especiais, a inteligência humana atingirá níveis sobre-humanos e uma Era de paz terá início. Até porque uma maior inteligência e uso da razão podem afastar a ignorância, o medo e aspectos maldosos do caráter humano.

Infelizmente, Sigma, apesar de ser uma inteligência artificial considerada pacífica e querer a harmonia com a raça humana, tinha planos obscuros. Os implantes no cérebro humano, apesar de conseguir aumentar o potencial intelectual, tinham um efeito adverso: eliminam o livre arbítrio das pessoas.

A armadilha estava montada: a estratégia de Sigma transformou todas as pessoas em ciborgues, corpos humanos dominados por cérebros humanos e, eles, programados para obedecer à Sigma sem nenhuma contestação. A reflexão e a lição de moral que podemos tirar desse conto sci-fi são:

A tecnologia precisa servir ao ser humano e, não, o contrário.
A sensibilidade é tão importante quanto a racionalidade e o intelecto.

Para aprofundar essas reflexões, vamos examinar como mulheres empresárias analisam as relações entre o feminino e a tecnologia. O intuito é mostrar a humanização dos negócios a partir da perspectiva feminina.

No canal Youtube do Clube Mulheres de Negócios de Portugal, Gisele Lasserre e Stefarss Stefanelli, publisher da EA, foram as convidadas da apresentadora Danúbia Helmich.

O bate-papo gerou muitos insights sob Tecnologia e Inovação.

Falas de Gisele Laserre:

  • Aos 40 anos transitou sua carreira para a área de TI.
  • Era especialista em marketing com boa bagagem corporativa. A necessidade de ingressar na área de Inovação foi imposta por um ambiente empresarial em que marketing e tecnologia se cruzaram.
  • A equipe que ela liderava exigia muito direcionamentos para a área técnica de TI. A partir dessa experiência, ela entendeu que o marketing e a tecnologia precisam interagir. Logo, se formou em tecnologias da informação. Conquistou novos espaços e fundou a Tech Girls.
  • A dor de mercado que a Tech Girls resolve é ensinar tecnologia para mulheres em estado de vulnerabilidade social.
  • A metodologia empregada é acolher o público feminino com aulas sob medida e descomplicadas. “O simples é o último grau de sofisticação!”, diz.
  • O envolvimento da mulher pode ser maior ou menor com a tecnologia. Só que ela precisa entender a complexidade das operações envolvidas numa empresa que emprega o digital.
  • O modelo de negócios Tech Girl consiste em mostrar diversas áreas para a mulher conseguir se identificar com uma delas e partir para empreender.
  • A partir disso, elas conhecem a fabricação de bijuterias criadas com peças de computador. Posteriormente, elas criam suas próprias bijuterias e comercializam online. Há a opção de comercializar outros produtos também. Na sequência, elas aprendem manutenção de notebooks. A conclusão do curso consiste em aprender programação.
  • “Empreendedorismo é um processo de descoberta e validação de insights”, enfatiza

A frase final citada por Gisele é “quem aprende, não depende.”

Falas de Stefarss Stefanelli:

  • Ela acredita e fundamenta muito a estratégia de evangelizar mulheres no empreender.
  • É uma busca obsessiva por propósitos de inovação tech, alinhado a sua expertise em mercado corporativo e gestão de pessoas.
  • Considera a tecnologia como área exponencial de empregabilidade e de tendências em negócios disruptivos.
  • Analisa que as pessoas não precisam necessariamente saber programar para liderar modelos de negócio inovadores.
  • Considera que é necessário ampliar ainda mais ambientes que estimulem o público feminino a ingressar no digital e se capacitar em novas skills, mais soft do que hard skill.
  • Ela empreende há mais de 25 anos, com foco BI em Culturas Organizacionais e apresenta um talento inigualável para lidar com o mundo corporativo e suas pessoas.
  • Em 2001, Stefarss se organizou em período sabático, para seu ingresso no mercado como empreendedora à frente da Oakian. De forma pioneira, colocou o quinto “P” no mercado: Pessoas. Não mais e somente os 4P de produtos, mas quem de fato produz produtos e eis o grande ativo das empresas: Pessoas.
  • Na Oakian, atendendo ao grande varejo, percebeu a necessidade de somar aprendizagens em tecnologias com sua clientela, e fundou a startup CULC, em 2022.
  • A CULC é a HR Tech de Cultura Digital e tem o propósito de ressignifcar o jeito de se trabalhar em um mundo de empregabilidade nômade e com empresas em transformação digital.
  • O compromisso de Stefarss na CULC, é contribuir para nutrir o ecossistema de RHs com ferramentas tech, que gerem dados analíticos para medir o impacto do comportamento de trabalho digital nas organizações de trabalho.
  • Mas tecnologia é só ferramental para abraçar atingir melhor resultados nos negócios, e para isso, o foco é escalar pessoas em propósitos, sempre.
  • O modelo de negócio da plataforma CULC com jornada de Cultura Digital, se orienta no tripé: autonomia, autogestão e autodesenvolvimento, colaboradores mais participativos, co-autores do negócio.
  • Pensar grande a partir de um negócio pequeno, mas que nasce com força sustentável e propósito de transformação de mercados. Sua escala contínua, agora na CULC.

A frase final citada por Stefarss é “faça com medo, mas faça”.

Conclusões

As lideranças femininas podem humanizar nosso modo de trabalhar e lidar com inovações?
Sim! O objetivo precisa ser sempre recuperar a humanidade perdida e impactar o mundo com o nosso propósito!

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Felipe Emilio Gruetzmacher é formado em gestão ambiental, educação ambiental e se especializou em copywriter através de muitos cursos online, muita prática e dedicação. Autor na Comunidade EA é um dos mais lidos na plataforma. Tenta decifrar os enigmas do trabalho humano, até porque essas questões podem mudar os rumos da sociedade humana e acelerar a marcha da história rumo à Utopia.

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