Lucas Bessa
De Auckland, Nova Zelândia 

Para a EA Magazine  

 

Minha história com a tecnologia 

Sou brasileiro, e desde 2019, moro com minha família na Nova Zelândia, onde atuo na área tech do setor financeiro. Vou contar pra você neste primeiro texto, que minha jornada tech começou bem cedo, quando eu tinha por volta de 6 anos. Meu pai me levou para passar parte do dia no escritório onde ele trabalhava, e lá tinha um computador. Lembro-me de ficar fascinado vendo ele escrever um documento e o texto aparecer na tela conforme ele digitava no teclado.  

Pode parecer algo banal para o mundo digital de hoje em dia, mas isso aconteceu no início da década de 90. Computador era algo praticamente desconhecido pela população em geral, então ver uma máquina que era capaz de fazer um texto aparecer em um monitor, que mais parecia uma TV de tubo antiga, parecia coisa de outro mundo. 

Engenharia da computação 

O tempo passou e durante o ensino médio eu fiz um curso técnico (1999-2001), foi quando aprendi a programar e a criar meus próprios programas para organizar algumas coisas pessoais. Foi também nessa época que tive certeza que queria de alguma forma trabalhar com TI no futuro. 

Não por acaso, estudei e me formei em Engenharia da Computação anos mais tarde (2003-2007). E foi durante a faculdade que comecei a ter noção do quão vasto era esse mundo da TI e cada vez mais tinha certeza que tinha escolhido o curso, a carreira certa.  

Estágio 

Quando chegou a época de procurar um estágio, eu ainda não sabia direito com que tipo de empresa eu queria trabalhar, mas queria que fosse algo relacionado com algum produto ou serviço que eu usasse, para que pudesse de alguma forma ver o resultado do meu trabalho. 

Depois de algumas dezenas de “nãos” de empresas de diversos segmentos, finalmente consegui um estágio no Banco Vermelho de Osasco (2007). Apesar do estágio ser na área de tecnologia do banco, de alguma forma acabei alocado para atuar mais com gestão de projetos de infraestrutura durante esse período.  

O que mais me incomodava nessa época era que eu não conseguia ter visibilidade do objetivo final das solicitações de projetos que chegavam para a nossa equipe. Por consequência, eu tinha dificuldade de entender, e eventualmente, até mesmo questionar, se aquelas solicitações faziam sentido.  

Porém, mesmo não trabalhando com desenvolvimento de sistemas, foi uma experiência bastante positiva, e que me ajudaria no futuro. Tudo caminhava para eu ser efetivado nesse banco, mas mesmo com uma vaga de emprego praticamente garantida, optei por continuar a procurar vagas em outras empresas. Queria conhecê-las, explorar outras possíveis possibilidades. 

Trajetória 

Foi quando recebi uma proposta irrecusável para ser desenvolvedor no Banco Laranja do Metrô Conceição (Itaú + Rede: 2008-2019). Ali, finalmente pude trabalhar com algo em que eu conseguia ter mais visibilidade do resultado do meu trabalho. Durante o tempo que fiquei por lá, fiz de tudo um pouco. A maior parte do tempo, trabalhei com desenvolvimento de sistemas, mas tive alguns breves momentos como analista de testes, gestor de projetos novamente (a experiência do estágio ajudou bastante aqui) e como arquiteto corporativo.  

Essa época como arquiteto corporativo foi muito rica, pois me permitiu ter uma interação ainda mais próxima com as áreas de negócio, entender melhor quais as necessidades e ter uma visão do banco que ia muito além dos sistemas em que trabalhei antes. Essa experiência em particular foi a que mais me ajudou, mais tarde, na minha jornada em busca de um emprego fora do Brasil, mas isso já é assunto para o meu próximo texto. 

 

Lucas Bessa foto 2 - De Auckland, Nova Zelândia 

Lucas e sua família   

 

Auckland, Nova Zelândia  

Embora a cidade de Wellington seja a capital neozelandesa, Auckland é o principal centro financieiro e econômico da Nova Zelândia. É o destino preferido de estudantes brasileiros que vão para este país aprender Inglês, fazer cursos técnicos ou estudar em universidades locais. Tem população estimada em 1.413.700 habitantes e detém cerca de 31% da população da Nova Zelândia.  

1 - De Auckland, Nova Zelândia     intercambio em auckland skywalk - De Auckland, Nova Zelândia 

intercambio em auckland piha - De Auckland, Nova Zelândia     enjoy beautiful views - De Auckland, Nova Zelândia 

Acompanhe a Jornada Tech do Lucas, um profissional brasileiro que tem hoje posição de carreira global.  

 

Relato 2. Os preparativos e a chegada da família em Nova Zelândia, em março de 2019.
Relato 3. Progressão da minha carreira na Nova Zelândia.

 

Lucas Bessa foto 1 - De Auckland, Nova Zelândia 

Lucas Bessa trabalha desde 2007 em projetos, inciativas e consultorias de tecnologia. A maior parte de sua carreira atuou no sistema financeiro de varejo, em players como Itaú, Rede e Bradesco. Desde 2019, mora em Auckland, Nova Zelândia, onde é Senior Business Analyst no ASB Bank. 
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