Você votaria num ciborgue? | Felipe Gruetzmacher

 

Por um fenômeno estranho, um homem desenvolve poderes telepáticos: consegue estar em profunda conexão com o resto da humanidade, podendo ler a mente de cada pessoa do planeta durante 24 horas diárias e 7 dias por semana. É um poder infinito!

Por outro lado, ele consegue receber dados de computadores e outros dispositivos eletrônicos, como se ele fosse uma máquina conectada com a internet. Nenhuma informação escapa da mente dele! Agora, surge a polêmica: ele quer assumir o controle mundial e utilizar tanto conhecimento para o bem-estar social coletivo.

Governantes seriam desnecessários. Nesse cenário, a economia mundial passa por uma enorme recessão e necessita de boas estratégias para gerar empregos.

  • O que faremos?
  • O controle pertencente ao mais esperto?
  • Qual será o resultado da união entre intelecto humano, política e tecnologia?

A seguir, são apresentados dados da “Carta de Conjuntura”, um artigo de 30 de setembro de 2022 que discute a economia mundial e brasileira a partir da pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica aplicada), cujos autores são: Marco A. F. H. Cavalcanti, Francisco E. de Luna A. Santos, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Maria Andréia P. Lameiras e Leonardo Mello de Carvalho. Apesar da carta focar numa parte específica da nossa história econômica, o que importa é a conclusão que torna esse conto sci-fi atemporal. 

Alguns insights:

  • Para 2023, proteja-se um crescimento do PIB de 1,6%. Este desempenho deve ser puxado pelo setor agropecuário. Esse setor caiu em 2022 e deve retomar crescimento em 10,9% em 2023. Já a indústria e serviços deverão crescer 0,8% e 0,7%.
  • Ao longo do trimestre que finalizou em setembro, o mercado de trabalho consolidou um crescimento dinâmico, combinando forte expansão da população ocupada e queda significativa da taxa de desocupação. Em julho de 2022, o dado mensal produzido pelo Ipea com base nas séries de trimestres móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) revela que a taxa de desocupação recuou pelo 14º mês consecutivo. Essa redução chegou a 8,9% e atingiu o menor patamar desde julho de 2015. A melhora da taxa de desocupação reflete o crescimento da população ocupada. Essa fatia populacional abrangeu 100,2 milhões de pessoas, um crescimento de 7,5%.

Conclusões:

A minha hipótese é que uma boa performance das HR Techs pode acelerar a contratação de pessoas, o que significa maior expectativa de crescimento econômico, produtividade e resiliência do sistema econômico contra crises.

Logo, poderia existir indicadores que associam:

  1. Lucro das HR Techs
  2. Clientes satisfeitos (pessoas engajadas e mais produtivas)
  3. Desenvolvimento econômico (para mercado fornecedor tech)
  4. Bem-estar social atingido (acesso a emprego decente)

Imagino até mesmo políticas públicas focadas na otimização de empregos levando em consideração o poder incrível das HR Techs para gerar resultados, desde melhor selecionar e treinar número de pessoas contratadas e concursadas. A inovação deve ter o poder público como um suporte para melhorar o desempenho da economia e a redução do desemprego.

Por isso, a mensagem do conto “Você votaria num ciborgue” é metafórica e pode ser resumidas nestes poucos tópicos:

  • O uso de uma tecnologia a serviço das pessoas depende dos esforços políticos e empresariais.
  • Os dados do Ipea apresentados no presente artigo só reforçam o entendimento de que a economia, políticas públicas, os incentivos certos e a geração de empregos estão conectados. Assim, a transformação digital promovida pela HR Techs pode revolucionar nossos sistemas econômicos, pois a gestão do talento está alinhada à bonança econômica e à justiça social.
  • Outra consequência do uso estratégico de tecnologias HR Tech é compreender como a pesquisa científica sobre contextos econômicos pode gerar insights para modelos inovadores focados na área de RH. É a ciência à serviço da entrega de valor para colaboradores e empresas! Sendo a HR Tech, modelo de startup que precisa lidar com as adversidades do mercado, as ciências podem apoiar na execução de estratégias para driblar os riscos de quebra!
  • O próprio governo teria mais facilidade para inovar na forma de trabalhar, ampliando sua presença e investimentos em startups de gestão de pessoas, em suas autarquias de Governo, modelo que constrói negócios ágeis.

 

felipe Easy Resize.com - Você votaria num ciborgue?

Felipe Emilio Gruetzmacher é formado em gestão ambiental, educação ambiental e se especializou em copywriter através de muitos cursos online, muita prática e dedicação. Autor na Comunidade EA é um dos mais lidos na plataforma. Tenta decifrar os enigmas do trabalho humano, até porque essas questões podem mudar os rumos da sociedade humana e acelerar a marcha da história rumo à Utopia.

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