Por Demetrio Teodorov

 

Já se sentiu invisível procurando por referências de maquiagem online? Ou buscou por imagens de pessoas e achou apenas resultados que não refletiam a diversidade da população mundial? Isso está prestes a mudar! O Google anunciou recentemente uma iniciativa incrível para promover a inclusão racial e étnica em seus produtos: a Escala de Tons de Pele Monk (MST Scale).

Desenvolvida em parceria com o Dr. Ellis Monk, professor da Universidade de Harvard e sociólogo, a escala MST é composta por 10 tons e será incorporada em diversos produtos do Google ao longo dos próximos meses. Mas o melhor?

Ela é gratuita e aberta para qualquer pessoa usar em pesquisas e desenvolvimento de produtos!

Este é um grande passo para a equidade na representação online. Afinal, a escala anterior usada pela indústria tecnológica era bem limitada e não contemplava a vasta gama de tons de pele existentes. Dr. Monk explica: “Precisamos de uma forma mais precisa de mensurar os tons de pele para que as pessoas se sintam representadas.”

Como a Escala MST vai mudar a sua busca por imagens

A nova escala vai influenciar a forma como o Google constrói e avalia seus produtos, especialmente no que diz respeito à visão computacional. Essa tecnologia permite que computadores “vejam” e entendam imagens.

Sem um treinamento que considere uma variedade de tons de pele, a visão computacional pode falhar ao identificar rostos de pessoas negras e indígenas, por exemplo.

Com a escala MST, o Google poderá construir bancos de dados mais representativos para treinar seus modelos de inteligência artificial (IA). Isso significa que, no futuro, poderemos esperar por recursos que funcionem bem para todos, independentemente da cor da pele.

Buscas por maquiagem e fotos mais realistas: tudo a ver com tons de pele

Um dos primeiros lugares onde veremos a Escala MST em ação é na Busca do Google. Ao pesquisar por maquiagem, você poderá filtrar os resultados por tom de pele, facilitando a busca por produtos que realmente combinem com você.

Além disso, o Google Fotos também vai ganhar melhorias.

A ferramenta de autoajuste será aprimorada para funcionar melhor em diferentes tons de pele, e novos filtros “Real Tone” serão lançados. Esses filtros foram desenvolvidos e testados por renomados fotógrafos especialistas em retratar pessoas com precisão, garantindo cores vibrantes e realistas para todos os tons de pele.

Uma iniciativa colaborativa para uma web mais inclusiva

O Google acredita que a criação de uma web inclusiva é uma tarefa coletiva. Por isso, a Escala MST é gratuita e aberta para uso por qualquer pessoa ou empresa. A ideia é que, juntos, possamos construir um sistema de rotulagem padronizado para conteúdo online.

Imagine criadores, marcas e publicadores podendo etiquetar suas imagens com informações como tom de pele, cor e textura do cabelo. Isso tornaria a vida muito mais fácil para plataformas de busca como o Google exibirem resultados verdadeiramente relevantes para cada usuário.

O futuro é inclusivo: participe da conversa!

A inclusão racial e étnica é uma jornada contínua. O Google está comprometido em colaborar com o Dr. Monk para avaliar e aprimorar a Escala MST ao longo do tempo, considerando diferentes regiões e aplicações.

Com a Escala Monk de Tons de Pele, o Google está dando um passo importante para que todos possam se ver representados online.

 

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Demetrio Teodorov é futurista, palestrante e executivo no mercado. Tem como propósito construir o futuro no presente, estudando novos comportamentos e tecnologias emergentes, tais como: comportamento de consumo (CX e UX), tendências de futuro, mobilidade, novo varejo, banco digital, futuro do trabalho, moda, inteligência artificial e foodtech. Como executivo de Inovação tem passagens pela Riachuelo, Midway, Alelo, Ultragaz, BASD, BRF (Sadia, Perdigão e Qualy) e PwC, onde atuou em projetos globais de P&D e digital. Estudou na Disney Institute, INSEAD, Perestroika, CESAR School, Hyper Island, Harvard, MIT e Singularity, direcionando o pensamento para o conceito da exponencialidade e das ciências cognitivas. Em 2016 implantou um chip NFC na mão direita para testes de interação com devices. É colunista EA “Futuro no Presente”.

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