Por Sonia Crisóstomo
A Geração Z já está entre nós, jovens com muitas ideias, com sede de propósito e pouco tolerância a estruturas hierárquicas rígidas. São talentosos, nascidos entre 1995 e 2010, que cresceram em um mundo digital, veloz e colaborativo. E é justamente por isso que desafiam os modelos tradicionais de gestão.
A pergunta que não quer calar: nossas empresas estão realmente preparadas para acolher essa geração com inteligência e sensibilidade?
Geração Z e a nova forma de enxergar autoridade
Ao contrário do que muitos pensam, a dificuldade dessa geração em “reconhecer autoridade” não é falta de respeito – é sede de coerência, de uma forma que até então, não conhecíamos. Eles não se conectam com líderes que impõem, mas com aqueles que inspiram. Valorizam escuta, propósito e autenticidade. Querem líderes humanos, acessíveis e preparados emocionalmente para liderar com empatia.
Nativos digitais
Esta geração representa no Brasil, 22% da população, ou seja, cerca de 47 milhões de pessoas. Conhecidos como “nativos digitais”, influenciam significativamente o mercado de trabalho e o consumo no país.
A geração empreendedora por natureza
A Geração Z é marcada pelo protagonismo. Muitos já empreendem antes dos 25 anos. Mas mesmo quando optam por uma carreira CLT (empresas do mercado de trabalho), esperam ter liberdade criativa, voz ativa e espaço para inovar. Empresas que investem em intraempreendedorismo e oferecem trilhas de crescimento adaptáveis têm mais chances de atrair e de manter esses talentos.
E onde entra a felicidade?
Em ambientes cada vez mais multigeracionais, implementar políticas de felicidade organizacional é mais do que um diferencial: é uma estratégia.
A felicidade no trabalho é a ponte entre gerações.
Ela nasce do reconhecimento, do cuidado com a saúde emocional e da construção de ambientes onde todos – dos estagiários aos CEOs, se sintam parte de algo maior. Flexibilidade, segurança psicológica, cultura de feedback e espaço para o ser humano são pilares para o futuro do trabalho.
Uma nova era pede uma nova postura.
Não estamos apenas recebendo uma nova geração. Estamos sendo convidados a reinventar a forma como nos relacionamos com o trabalho, com as pessoas e com nós mesmos.
A Geração Z não é o problema. Ela é a oportunidade que temos de construir empresas mais humanas, criativas e felizes.
E você, líder ou gestor: está pronto para esse diálogo?
Sonia Crisóstomo é casada, mãe de duas filhas, empreendedora e escritora. Formada e pós-graduada em Ciências da Computação, MBA em Executive Marketing. Fundadora da empresa PONTE360. Mais de 30 anos em empresas de Telecomunicações e de Tecnologia da Informação. Formada em Psicologia Positiva, Inteligência Emocional, Programação Neurolinguística, Hipnoterapeuta com especialização em Hipnose Clínica. Diplomata Civil Humanitária, G100 Global Advisor Council Member, Embaixadora Master do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e Membro do Conselho Administrativo do Instituto Raiz Nova. Colunista da Revista Mulher Africana. Prêmio Gênios da Atualidade de 2023 na categoria Escritora do Ano em Portugal. Grand´Ambassadeur da Divine Académie des Arts Lettres et Culture da França. É Colunista EA “Felicidade”.
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