SHORT BUSINESS | Mapa do êxodo educacional Brasil
Percentual alto e preocupante na educação do país. O dado é da OCDE, acabou de ser divulgado e aponta que 35,9% dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos não trabalha nem estuda. Perdemos apenas para a África do Sul (46,2%). Foram avaliados no relatório Education at a Glance (Olhar sobre a educação), o raio-x do ensino superior e de empregabilidade de 38 países membros da OCDE.
Holanda é o país que tem menos jovens nessa situação, apenas 4,6%. A média mundial do desemprego juvenil é de 16,9%.
Veja o Ranking
O relatório da OCDE é fonte oficial de dados de Educação em todo mundo. A edição de 2022 mapeou o ensino superior, nos aspectos do aumento de conclusão do ciclo do ensino médio e os benefícios desta condição associados à melhoria da instrução dos indivíduos e das sociedades.
O quadro do Brasil é ainda mais preocupante quando se observa no estudo que 5,1% desses jovens brasileiros que fazem parte dos 35,9% sem estudo, sem trabalho, estão nesta condição há mais de um ano.
A OCDE faz recomendações com alertas para o Brasil: “Este grupo de jovens que não trabalha e não estuda, deveria ser uma grande preocupação para os governos, já que alertam para uma situação negativa de desemprego e desigualdades sociais”.
O Brasil também segue na contramão das recomendações do relatório, tais como expansão do ensino médio. Nos últimos anos, além de não se ter ampliado vagas em universidades federais, o país teve o menor volume de beneficiários em programas estudantis, como o Fies (Financiamento Estudantil) e o ProUni (Programa Universidade para Todos). Em 2020, universidades públicas brasileiras tiveram queda de 18,8% no número de concluintes e redução de 5,8% de ingressantes.
Apontamentos que também preocupam:
- Apenas 33% daqueles que acessam o ensino superior conseguem terminar a graduação dentro do tempo previsto.
- Quase a metade, 49% só conclui o curso depois de três anos após o prazo programado.
Acesse o relatório: