Liderar na área educacional: desafio constante | Ana Paula Educadora
Liderança é um tema atual e necessário, que na teoria parece perfeito, mas na prática é diferente.
As regras da boa convivência e os princípios éticos, fazem parte do projeto político pedagógico das instituições de ensino, as quais por meio, dos conteúdos apresentados aos alunos, nos projetos ou atividades vivenciadas, retratam a escola como um espaço de relações. Acredita-se que na interação alunos, professores, pais e colaboradores, a convivência ocorre em perfeita harmonia.
Mas não é bem assim que acontece…
Pais, professores e gestores são exemplos de liderança para os alunos. Se refletirmos sobre nossa conduta de como exercemos a liderança no dia a dia, talvez tenhamos de repensar que valores são transmitidos, e como estes são recebidos. E não foi isto que aconteceu pós-pandemia?
As instituições trazem consigo missão, visão, princípios e valores, os quais caracterizam a filosofia e a visão de homem e de mundo.
No papel tudo certo. Mas será que os alunos, professores, pais e comunidade conseguem perceber uma coerência, entre o que se prega com uma conduta assertiva?
Neste amplo universo de valores, os quais se estabelecem as relações sociais no ambiente escolar, a diversidade está presente na forma de pensar e interagir.
É visível ao contexto escolar?
Como o título do livro de Simon Sinek sugere, “Comece pelo Porquê”, convido você, leitor, a refletir sobre como a equipe gestora, pedagógica, alunos e pais, trilham nas diferentes áreas do conhecimento, quando o tema é liderança:
- Professores, coordenadores e gestores expressam sua liderança de forma positiva?
- As práticas das aulas envolvem os alunos a expressarem uma liderança colaborativa?
- Até que ponto professores, equipe pedagógica e gestores, promovem desafios, com o objetivo de incentivar comportamentos, os quais exercitam habilidades socioemocionais?
Estas questões promovem insights interessantes, as quais podem desenvolver um programa sobre o tema Liderança, nas instituições de ensino com destaque para as habilidades socioemocionais, ao apresentar para os jovens que liderar é confiar, e quem lidera, incentiva.
Os verbos confiar e incentivar são essenciais na prática pedagógica. Quando confiamos em nossos alunos, demonstramos que o professor é um líder que incentiva a pesquisa e os novos Saberes, porque reconhece no protagonismo dos estudantes a sua capacidade de realização e autoconhecimento.
Com o empoderamento das redes sociais, formadores de opinião, é o que não faltam!
Por esta razão, a palavra liderança ganha força. Líderes ou melhor influenciadores se multiplicam a cada minuto, nas mídias digitais, com diferentes formas de conteúdo.
A liderança pode ser exercida por qualquer pessoa, mas a maneira COMO acontece, fará toda a diferença.
Na escola, educadores são exemplos significativos de liderança. Por isso, o desafio é grande, pois a todo momento os “holofotes” apontam a sua presença, e os valores os quais acreditam e compartilham, ficam registrados em suas ações.
Vivemos um momento de intensas transformações, onde os temas Inteligência Artificial, Indústria 4.0, entre outros, atraem olhares na expectativa de como estes assuntos serão tratados pelas lideranças no ambiente escolar.
Liderar exige uma nova postura
A formação de líderes éticos, capazes de criar espaços para que todos se sintam incluídos se faz necessária. A parceria família e escola é fio condutor, pois é aí que começa a real formação dos futuros cidadãos.
Incentivar a reflexão é promover o autoconhecimento, ao invés de resposta prontas. Devemos perguntar, pois o líder do amanhã, é aquele que questiona primeiro a si mesmo, para incentivar novas posturas que inspirem a confiança em si e no outro.
Desta forma, a escola assume um cenário de construção e reconstrução contínua diariamente, pois educar é o movimento do ver, ouvir, falar e sentir, com respeito à individualidade dos alunos, professores, equipe gestora – pedagógica e comunidade.
Neste encontro de lideranças, a interdisciplinariedade das relações acontece, ao tecer as redes da diversidade como objeto de reflexão de quem somos Nós, diante do outro e sua complexidade.
A liderança é compreendida na comunidade escolar, em um exercício contínuo de aprendizagem, observação e convivência entre alunos, famílias, professores, gestores, coordenadores, orientadores e colaboradores, capazes de abraçar os desafios, e saber que o líder perfeito não é possível.
Porque educar é promover possibilidades de crescer, se reinventar e inovar, para que no futuro os jovens possam exercer uma liderança colaborativa com criatividade e comunicação assertiva.
E assim líderes são conexões no universo escolar, pois lidam com a complexidade das incertezas, junto à diversidade, que transforma a criatividade em inovação.
Que o desafio de liderar se transforme em conexões relevantes na educação em 2023!
Ana Paula Educadora é pedagoga, psicopedagoga, tem extensão em Neuropsicologia (PUC-SP) e MBA em Gestão Educacional. É Top Critical Thinking Voice LinkedIn. Fundou e é diretora da Transformar Educação & Inovação, consultoria especializada em educação básica com foco em treinamentos, palestras e cursos livres. São temas de estudos e pesquisa permanentes, Ensino Híbrido e Metodologia Ágil Scrum, Pedagogia com foco em Gestão de Pessoas, Psicopedagogia Inclusiva e Andragogia Educação para Adultos. Colunista EA “Educação & Pessoas”.
http://linkedin.com/in/anapaulaeducadora
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