Por Ana Paula Educadora

 

Quando aguardamos uma resposta, e ela não chega, qual é a sensação? Sabe aquele processo seletivo o qual participei, e ainda não obtive resposta? Aguardo o pai do aluno para uma reunião, e ele não comparece e nem dá satisfação para escola, o que devo pensar?

Se fosse elencar as situações sem retorno de feedback dariam milhares de páginas.

Por que escolhi escrever sobre este tema?
Simplesmente porque nascemos recebendo feedback e depois não o temos mais!

Quando bebê, logo na primeira infância, recebemos feedback a todo momento: alimentação, higiene, sono, atenção dos pais, dos avós e parentes.

Vamos crescendo e este feedback passa a ser menos frequente ou fica meio invisível com o passar do tempo.

Este cenário acontece na família: “Bruno chega em casa todo contente, porque ganhou uma medalha no judô, mostra para o irmão, o qual está com os olhos grudados no celular, nem o escutou, e o feedback ficou para trás.”

Na escola também: “Leonardo chega todo feliz porque o seu pai chegou de viagem, mas a professora está preocupada com a entrega das notas na secretaria, e não o ouviu.”

Estes exemplos ilustram a falta do feedback. A comunicação diária é um feedback. Parece natural, mas esta naturalidade não anda acontecendo, porque feedback é o olhar e uma escuta atenta.

A correria do dia a dia trouxe, por meio das redes sociais, canais de informações rápidos, os quais mudaram os nossos hábitos. No WhatsApp, você responde por figurinhas, é um feedback rápido. Meneste artigo ao feedback do diálogo, olhos nos olhos, ou de uma mensagem escrita de forma a aproximar as pessoas pelo conteúdo de um texto.Não percebemos, mas estamos perdendo o feedback e, consequentemente o contato físico, e nas redes sociais somos os mais breves possíveis.

Muitos dizem que é a tecnologia resumindo a nossa vida. Você concorda?
Somos nós que estamos abreviando a forma de nos comunicar e dar feedback.

Este fato acontece em sala de aula, quando solicitamos que os alunos escrevam sobre algum tema ou realizem um relatório, como o próprio nome já diz: relatar, isto é, dê um feedback sobre o museu que visitou com o professor e colegas da sua turma, por exemplo.

O exercício do feedback
Ele deveria ser incluído no currículo da disciplina de Língua Portuguesa, nas modalidades: oral e escrita, pois ajudaria as pessoas a refletirem: “Queremos uma resposta para tudo, mas também precisamos aprender o que é feedback.”

Nesta relação de idas e vindas, onde em determinado momento eu espero um feedback, e em outros dou uma devolutiva para alguém que aguarda por uma resposta, ou seja, a maneira como a comunicação interpessoal acontece fará toda a diferença.

A arte de dar respostas, não é uma tarefa fácil, porque envolve emoções, forma de se comunicar e empatia. Masse não começarmos a pensar em uma sociedade mais envolvida e empática, o feedback ficará esquecido, e consequentemente o ser humano também!

E você já deu seu feedback hoje para alguém?

PS: Os nomes citados neste artigo são fictícios.

 

ana paula educadora bio - A importância do feedback sempre

Ana Paula Educadora é pedagoga, psicopedagoga, tem extensão em Neuropsicologia (PUC-SP) e MBA em Gestão Educacional. É fundadora e diretora da Transformar Educação & Inovação, consultoria especializada em educação básica com foco em treinamentos, palestras e cursos livres. São temas de estudos e pesquisa permanentes, Ensino Híbrido e Metodologia Ágil Scrum, Pedagogia com foco em Gestão de Pessoas, Psicopedagogia Inclusiva e Andragogia Educação para Adultos. Colunista EA “Educação & Pessoas”.

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