Será possível um RH antitrabalho? | FelipeGruetzmacher 

 

A reportagem “’Antitrabalho’: o movimento que ganhou força na pandemia e se espalha por comunidades online”, publicada pelo portal de notícias BBC News por Brian O’Connor em 7 de fevereiro de 2022, traz os seguintes tópicos: 

  • Trabalhadores do mundo todo enfrentando cansaço, problemas de saúde mental e burnout 
  • Incertezas na economia geram desgaste emocional 
  • Pessoas repensando o significado do trabalho 
  • Vários pedidos de demissão para prospectar novas oportunidades 
  • Nasce o movimento antitrabalho cujo propósito é atacar uma economia geradora de empregos precários e desgastantes 
  • Trabalhar apenas o necessário, em vez de se sacrificar longas horas para produzir bens ou capital 

A partir desse quadro, as seguintes questões são colocadas: 

  • Como aumentar a produtividade, salários, gerar empregos dignos e horas livres para o desfrute da vida? 
  • É possível uma economia que crie mais empregos e tempo livre simultaneamente? 
  • Qual é a melhor forma de reduzir as disparidades e as desigualdades sociais nesse novo mundo do trabalho? 
  • Precisamos de pessoas trabalhando para receber salários, movimentar o ciclo de consumo e inovação sem esgotar recursos naturais e aproveitar a vida 

Nesse contexto, o RH tem um papel imprescindível para  responder a todos esses questionamentos.  

Afinal, basta usar uma métrica bem simples para combinar: 

  • Justiça salarial 
  • Geração de empregos 
  • Acréscimo em produtividade 
  • Mais tempo livre 

Essa métrica é dada pelo cálculo: 

(Produtividade) X (número de empregos gerados) X (salário) igual a número de horas livres

(PR) X (VE) X (SA) = (HL)

O raciocínio dessa fórmula é fácil de entender: 

  • A produtividade, as vagas geradas e o salário médio pago por uma empresa precisam ser multiplicados entre si para que se descubra o número de horas livres que as empresas podem fornecer para os colaboradores delas 
  • Se sobe a produtividade, bem como o salário e o número de vagas, é possível termos mais liberdade (equilíbrio entre tempo dedicado ao trabalho e tempo dedicado ao lazer) 
  • É assim que se combina criação de oportunidades, desempenho, justiça salarial e vida fora do labor 

Já a produtividade é dada pelo cálculo: 

Produtividade = quantidade de um produto dividido pelo número de horas 

PR = QP / H 

Ora, o significado desse cálculo é bem claro: mais produtos entregues para o cliente em menos tempo significa mais produtividade. É uma matemática ideal para descobrir pontos onde processos empresariais podem ser automatizados. 

O cálculo da produtividade e o das horas livres são complementares.

E se todos os elementos do lado esquerdo da primeira equação crescem, faz sentido que nós tenhamos mais abundância material e tempo livre para aproveitar dessa prosperidade! 

Com essa métrica bem administrada, departamentos de RH podem fazer uso de estratégias mais eficazes para: 

  • Investir em programas específicas focados em qualidade de vida laboral e fora do ambiente corporativo 
  • Elaborar e executar políticas salariais compatíveis com as necessidades dos colaboradores 
  • Identificar necessidades de contratação sem perder oportunidade de automatizar e otimizar processos (aumento da produtividade) 

Bem, essa métrica e os cálculos exigem um estudo mais completo para aplicação no mundo real. 

Talvez, haja a necessidade de incluir mais variáveis ou modificar sinais da operação. Mesmo assim, é inegável que um departamento de RH com a métrica certa pode apoiar o movimento antitrabalho e transformar o mundo num lugar melhor!   

 

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Felipe Emilio Gruetzmacheré formado em gestão ambiental, educação ambiental e se especializou em copywriter através de muitos cursos online, muita prática e dedicação. Autor na Comunidade EA é um dos mais lidos na plataforma. Tenta decifrar os enigmas do trabalho humano, até porque essas questões podem mudar os rumos da sociedade humana e acelerar a marcha da história rumo à Utopia.

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