Gerir emoções nas corporações | Sandra Pereira

 

As questões sobre a saúde mental, hoje em dia são um tema amplamente discutido em todas as facções da sociedade, não só na vida pessoal como no âmbito profissional.

Assim sendo, a gestão emocional no trabalho é uma questão importante.

Gestão emocional no trabalho 

A importância de um ambiente saudável, produtivo e positivo para todos os colaboradores de uma organização deverá ser inegociável.

A gestão emocional no trabalho envolve o reconhecimento, compreensão, gestão e regulação das emoções, tanto por parte dos funcionários, quanto das lideranças.

Chama-se a isto de bem-estar emocional e físico de uma equipe. Quando isto não ocorre, geram-se sentimentos de estresse e de ansiedade, o que leva a um aumento do absentismo e redução da produtividade laboral.

Quem perde? Todos, a corporação por completo

A inteligência e gestão emocional desempenham um papel fundamental na construção de relacionamentos interpessoais positivos no local de trabalho: A empatia, a capacidade de compreender as emoções dos outros e a comunicação entre os pares – são a chave na gestão emocional e do sucesso desejado neste tema.

Liderar com inteligência emocional

A liderança dos gestores ganha com ferramentas de gestão emocional. Líderes que sejam emocionalmente inteligentes são mais capazes de tomar decisões conscientes e inspirar as suas equipes: na gestão e antecipação de conflitos e do estresse que os objetivos da empresa e nas relações interpessoais possam criar.

Quais são os principais fundamentos da gestão emocional no trabalho:

  • Reconhecer as emoções (intrapessoais e interpessoais)

Identificar e nomear as próprias emoções: reconhecer as emoções permite lidar com elas de maneira mais eficaz e evitar que se acumulem até se tornarem num conflito maior.

  • Gerir o estresse

O ambiente de trabalho muitas vezes apresenta situações estressoras e muita pressão. A gestão emocional envolve o desenvolvimento de estratégias internas para lidar com o stress de forma equilibrada e saudável, como por exemplo técnicas de respiração e relaxamento, técnicas de visualização, instalação de técnicas de PNL e outras.

  • Construir relacionamentos interpessoais positivos

Envolve a empatia, a escuta ativa e a comunicação assertiva. Quando as pessoas conseguem compreender as emoções dos outros e se comunicar de forma clara e respeitosa, os conflitos são reduzidos, e a colaboração é aprimorada.

  • Promover um ambiente de trabalho positivo

Capacitar os funcionários não só com as hard skills como as soft skills: isso pode incluir políticas e práticas organizacionais que promovem a flexibilidade, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a atribuição de prémios de produtividade e o reconhecimento e a valorização dos esforços dos colaboradores.

Quais são as melhores técnicas na gestão das emoções dos colaboradores?

Adotar práticas como mindfulness; o estabelecimento de limites saudáveis; o desenvolvimento da resiliência; a integração da gestão emocional na cultura organizacional e a prática de exercícios de team building são alguns exemplos para gerir equipas.

1. Práticas de Mindfulness e atenção plena no momento presente

O mindfulness envolve a prática de ESTAR presente no AQUI E AGORA e cultivar a consciência das próprias emoções.

Portanto, as organizações podem oferecer treino ou formação em mindfulness para seus colaboradores, para o desenvolvimento da capacidade de responder de forma consciente em vez de reagir impulsivamente.

2. Imposição de limites saudáveis

Uma componente da gestão emocional é saber estabelecer limites pessoais. Os colaboradores podem aprender a dizer “não” quando é necessário, a equilibrar suas responsabilidades profissionais e pessoais e a evitar a sobrecarga.

3. Desenvolvimento da resiliência profissional

A resiliência profissional envolve a capacidade de lidar com adversidades, superar desafios e recuperar das situações desafiantes no trabalho.

As organizações podem e devem capacitar os colaboradores a desenvolver a resiliência própria na adaptação a mudanças e cultivar um pensamento positivo em momentos de pressão.

4. Integração da gestão emocional na cultura organizacional

A gestão emocional deve ser parte integrante da cultura organizacional. Isso significa que as políticas e práticas da empresa devem refletir a importância dada ao bem-estar emocional dos colaboradores.

O exemplo vem de cima. Dessa forma, os líderes devem modelar comportamentos emocionalmente inteligentes e promover uma cultura que valorize a empatia, a comunicação assertiva e a colaboração entre pessoas.

5. Cursos e workshops para desenvolvimento emocional

As organizações podem oferecer formação e workshops regulares para seus colaboradores, focados no desenvolvimento emocional: gestão de stress; gestão de tarefas; comunicação assertiva; jogos dinâmicos e Role Play como ferramentas de team building, gestão de conflitos e criar relacionamentos saudáveis entre pessoas.

Portanto: os colaboradores podem se sentir mais felizes, motivados e capazes de contribuir para o sucesso da organização se esta última assim o intencionar.

 

IMG 20230323 144118 - Gerir emoções nas corporações

Sandra Lima Pereira é portuguesa, mora em Barreiro, Setúbal. É Life Coach, formadora de Gestão Emocional e Team Building, escritora e autora do livro: “Contos Metafóricos”, edição publicada em Portugal, em 2018, um compêndio de pequenas histórias em educar as emoções de jovens e adultos. Tem como missão:ajudar profissionais de mercado  no desenvolvimento pessoal e de carreira, na gestão emocional e comportamental. É apaixonada por plantas e gastronomia.

https://www.linkedin.com/in/sandralimapereira/

 

Fale com o editor:

eamagazine@eamagazine.com.br