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    A comunicação interna em tempos de redes sociais

    2024-01-08T11:16:28-03:00EA Comunidade, Influencers|

    REDES SOCIAIS | Hugo Bessa

     

    “As pessoas acham que a comunicação interna é uma banca de jornal”, foi o que escutei assim que comecei a trabalhar na área. Não precisei de tempo para constatar que a observação era verdadeira, muitos colaboradores não entendem a função estratégica do setor, mas não é exatamente sobre isso que quero falar e, sim, aproveitar a analogia para fazer uma reflexão. Quantas pessoas que você conhece vão, hoje em dia, a uma banca de jornal?

    Com um mundo cada vez mais interativo, com as pessoas compartilhando notícias e influenciando por meio de suas redes sociais, o que fazer para que a comunicação interna não seja essa banca esquecida, apenas entregando aquilo que julga que o colaborador deve receber?

    Evolução digital

    As mudanças na forma de nos comunicarmos, trazida pela evolução digital da última década, têm alguns pontos negativos: lê-se cada vez menos e falsas notícias são compartilhadas a esmo, por exemplo. Mas há muitos fatores a serem comemorados, e que devem ser integrados à comunicação interna.  Hoje, todo mundo comunica e influencia de alguma forma, quase ninguém consome informação passivamente.

    Ela é discutida, comentada, curtida, e então recontada. E quer fator melhor do que esse para a área de comunicação interna?

    Sem querer negar o indiscutível papel dos líderes na multiplicação de assuntos estratégicos, constatei que, todas as vezes em que realizamos campanhas ou importantes divulgações em unidades apartadas ou mesmo em determinadas áreas da matriz das empresas nas quais trabalhei, foram os colaboradores eleitos como multiplicadores que fizeram a diferença.

    Muitas vezes, nem foi o eleito, mas um colaborador que tinha o dom de se comunicar e influenciar e que, naturalmente, integrou-se processo.

    Independentemente da empresa, sempre teremos uma rede de influenciadores pronta (às vezes para o mal, mas é possível reverter), cabe a nós identificá-los e direciona-los, para que usem esse “poder” de acordo com a realidade de cada negócio. Dessa forma, cria-se uma rede de comunicação próxima, objetiva e construída por todos, como ela é fora do ambiente de trabalho. E o que é melhor: a comunicação fica mais leve.

    Há diversas formas de colocar isso em prática

    Além dessa rede de colaboradores-multiplicadores (que eu considero fundamental): veículos internos mais interativos e com espaço para os próprios colaboradores colocarem as novidades sobre suas áreas, construção de campanhas em conjunto com pessoas além das áreas envolvidas, informações colocadas na voz dos colaboradores (realmente na voz deles) sempre que possível, objetividade nos textos, e inúmeras outras, que dependem da criatividade e da realidade de cada empresa.

    Há muitas ferramentas grátis hoje em dia, e próprio celular é máquina fotográfica, gravador, câmera e faz até edição, o que só reafirma o fato de que todos comunicam.

    Colocando isso em prática, a constatação será óbvia: assim como o colaborador se sente mais motivado a trabalhar ao enxergar o seu papel no todo, ele também se sentirá mais motivado a comunicar (e dará mais credibilidade ao que receber) ao ver que também faz parte daquela construção, e não somente recebe o que a empresa julga que é importante.

    Em suma, a comunicação interna não é unicamente uma banca de jornal, não é somente uma área que direciona líderes e, talvez, nem deva ser vista mais apenas como uma área, mas como uma rede interna da qual todos fazem parte.

     

    hugobessa - A comunicação interna em tempos de redes sociais

    Hugo Bessa é jornalista, escritor e editor-chefe da EA Magazine, fundou a Comunicação Contexto.

    Fale com o editor:

    eamagazine@eamagazine.com.br

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