Por Sonia Crisóstomo
A gente já ouviu falar que sorrir é o melhor remédio. Acho que isso faz parte da sabedoria ancestral que não sabemos de onde veio, pois nossas avós já falavam isso e tempos depois a ciência comprova a eficácia do sorriso.
Mas afinal, o que é sorriso Duchenne?
Guillaume Duchenne foi um neurologista francês que morreu em 1875. Suas pesquisas trouxeram enormes contribuições para a ciência moderna de reabilitação, através da compreensão dos efeitos da eletricidade no ser humano. Ele é considerado o pai da Eletroterapia, recurso amplamente utilizado por profissionais da área de fisioterapia na reabilitação e na estética.
Um dos mais prestigiados psicólogos do século XXI, considerado pela Associação Americana de Psicologia, Paul Ekman, é uma referência mundial em detecção de mentiras, isso se deve ao mapeamento feito por ele de mais de 10.000 (isso mesmo, dez mil) expressões faciais, considera-se que há movimentos espontâneos e outros digamos, socialmente aplicados.
Falar de expressões advindas de origens emocionais é um outro assunto que falaremos posteriormente. Mas vamos ao sorriso Duchenne.
O mesmo Paul Ekman, junto com Wallace Friesen descrevem o sorriso Duchenne como um sorriso genuíno. Aquele que produz as ruguinhas de expressão que não sabemos que estão lá porque estamos felizes demais para nos lembrar delas.
Nem o Papa Francisco escapou de ser estudado com seu sorriso largo. Vejamos como colher frutos de um sorriso espontâneo.
O contrário do sorriso Duchenne foi divertidamente apelidado de sorriso “Panam”. Dedicado às comissárias desta companhia aérea obrigadas a estarem sempre sorrindo mesmo que os passageiros não estivessem em seus melhores momentos.
Em tempos de selfie, estamos habituados a sorrir para a câmara e a mudar o olhar para um lado e para o outro para captar o que consideramos ser nosso melhor ângulo. Mas com um pouco de acuidade, começamos a perceber os sorrisos fabricados do sorriso genuíno.
O professor americano James V. McConnel dizia:
“Pessoas que sorriem tendem a gerenciar, ensinar e vender de forma mais efetiva, além de criar crianças mais felizes”.
Isso diz muito sobre sermos afetivos nas interações interpessoais e comerciais.
Pesquisas mostram que pessoas que sorriem mais, tem uma expectativa de vida de 5 a 7 anos maior que a média. E para entendermos os benefícios do sorriso verdadeiro, o sorriso Duchenne, vamos observar alguns benefícios de sorrir:
- Sorriso verdadeiro. Induz a produção de endorfinas, mas o mais interessante, é que mesmo o sorriso “falso”, faz com que essas substâncias também sejam liberadas, em menor proporção.
- Diminuir o estresse. As substâncias liberadas pelo sorriso auxiliam na manutenção do sistema imunológico ou sistema imune.
- Aliviar a dor. Uma boa risada acalma a alma e alivia as dores. Voltamos às substâncias liberadas pelo sorriso, fazendo com que a percepção da dor seja diminuída.
- Coração feliz. Uma boa risada acelera o fluxo sanguíneo, fortalecendo a função dos vasos e potencialmente protegendo contra ataques cardíacos.
- Ansiedade e medo. O cortisol, liberado pelo estresse, aumenta as chances de crises de ansiedade, sorrir diminui a chance de um ataque de medo ou de ansiedade.
- Relações interpessoais. Sorrir para alguém “desarma” as emoções negativas e facilita a interação interpessoal e a relação de confiança.
- Redução do conflito. Em qualquer ambiente, seja familiar, corporativo, esportivo, o sorriso pode diminuir a animosidade e encerrar eventos de conflito.
- Positividade: Annie Dillard já dizia que “Assim como passamos nossos dias, é pois como passamos nossas vidas”. Escolha passar a vida com sorrisos e colha os fritos da positividade.
Aproveite e ria de qualquer situação!
Sônia Crisóstomo é casada, mãe de duas filhas, apaixonada pela vida e pelo mar. Formada e pós-graduada em Ciências da Computação, MBA em Executive Marketing. Sócia do WholebeingInstitute e ETI Europe. Mais de 30 anos em empresas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação. Diplomata Civil Humanitária, G100 Global AdvisorCouncilMember, Embaixadora Master do Clube Mulheres de Negócios de Portugal e Membro do Conselho Administrativo do Instituto Raiz Nova. Formada em Inteligência Emocional, Programação Neurolinguistica, Hipnoterapeuta com especialização em Hipnose Clínica. Formação Internacional em PSicologia Positiva. Colunista da Revista Mulher Africana e feliz escritora com 3 livros publicados. Colunista EA “Felicidade”.
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