ED#2 | Por Hugo Bessa.

Escrevo este editorial sob o impacto da pandemia. Chegamos à Páscoa com dois milhões de  pessoas infectadas no mundo. Centro e trinta mil mortes em 180 países, centenas por dia.      A reclusão humana forçada em quarentena e a economia mundial parada. Um black out global a partir de um agente invisível, um vírus, o COVID-19. Um período inimaginável no mundo, com as empresas esvaziadas e atônitas, precisando se reinventar em tempo recorde, para cuidar de suas pessoas. Para aquelas que não tinham no DNA a cultura digital em seus processos de gestão, o home office, o trabalho à distância veio pra ficar, e o mercado nunca mais será o mesmo. Uma nova era. Era da flexibilidade. Vivenciaremos ela no campo dos negócios, dos empregos, nos formatos de contratação e na gestão de pessoas.  

Uma reinvenção coletiva, pessoal e profissional. Nela somos chamados (forçadamente) a rever nossa visão de mundo, de trabalho, de consumo, de bem viver  e de afetos. Como seremos agora?

Nesta edição, nos dedicamos a abordar o futuro do trabalho pós-pandemia, em especial, como ficará o carreira profissional. A evolução da IA no nosso mercado, ela, a inteligência artificial, tão presente a ajudar a neutralizar a vastidão o COVID-19! Coletamos depoimentos com o mercado no epicentro da pandemia. E como se organizam agora as agendas diárias em home office? Além de temas da evolução na gestão de pessoas, como a equidade de gênero, a troca de carreira, o futuro das profissões -como a de headhunter. Como toda essa radical transformação impactará o emprego e nele, as culturas organizacionais?

Um ambiente que conheço e muito. Por nove anos, atuei no corporativo, com Comunicação Interna, estruturando e produzindo conteúdo para veículos das empresas. Tive a oportunidade de trabalhar no varejo, na construção civil, em uma organização sem fins lucrativos. Embora diversas em seus negócios, todas as empresas têm o mesmo desafio: como cuidar de suas pessoas em um mercado de trabalho em constante mudança? A tecnologia avança, a comunicação e as ferramentas de trabalho se tornam mais rápidas, porém, o fator humano sempre estará no centro de tudo. 

Estar no mercado de trabalho é vencer desafios, e este é mais um em minha carreira. Aceitei a missão de ser o editor-chefe da EA Magazine. Depois de falar por tanto tempo exclusivamente com os colaboradores, agora posso, de certa forma, me comunicar com o mercado como um todo. 

Para encarar os desafios, devemos estar abertos a eles com capacidade de nos adaptarmos às mudanças, como a que estamos passando agora. Nesta edição, você vai conhecer muita gente como você, profissionais que fizeram das mudanças novas oportunidades. No que acredito que assim será após a pandemia, a reinvenção das oportunidades.  

hugobessa - Era da flexibilidade

Hugo Bessa é jornalista, escritor e editor-chefe da EA Magazine, fundou a Comunicação Contexto.

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