Uma revista que gerou uma comunidade | Stefarss Stefanelli
EA vem de “Em Aprendizagem”. A plataforma de conteúdo que estamos lançando e, que vim aqui te convidar pra fazer parte, nasceu de uma revista, a EA Magazine.
Essa revista passa pela reinvenção de minha trajetória empreendedora.
A EA Magazine foi pensada num dia de desconforto nosso na Oakian, empresa que fundei em 2001, focada em cultura organizacional e endomarketing. Ganhamos prêmios para clientes com projetos e programas de comunicação sempre com foco “people”. Construí reputação empresarial, ao lado de empresas, implementando suas áreas de Comunicação Interna, depois de Sustentabilidade, agora de Diversidade, escrevemos relatórios corporativos, com indicadores de desempenho social, sempre em profunda dedicação com times Oakian e parceiros b2b estelares. Na movimentação de carreiras, vimos gestores, clientes nossos, alguns escalarem o nirvana e, outros, desaparecerem.
Nesses 20 anos, aprendemos, ensinamos e entregamos muito com o mercado!
Mas voltemos ao nascimento da revista EA Magazine.
Aquele foi mais um dia power de produção e o ano era 2019….
Estávamos em meio à produção de campanha Endo para cliente marca player e meu pessoal de criação fechava arquivos de dezenas e dezenas de artes. Nesse pack, cartazes A3, cartazes A1, manuais com mais de 30 páginas, ou seja, um perfil de comunicação, que hoje claramente perdeu sua funcionalidade de engajamento.
Eu olhei aquilo tudo, nossa adrenalina, o volume de peças, o deadline absurdo, o volume de refações solicitadas pelo cliente. Entendi ali, que este modelo de comunicação para colaboradores não funcionaria mais.
Mas como dizer isso, aos meus clientes, as áreas de T&D, de Benefícios, de D&I, de CI?
Ao mesmo tempo, nesse mesmo período, já entregávamos para o mercado, e com sucesso de engajamento, aplicativos com gamificação. Algo que começava a me fascinar como empreendedora e empresária de comunicação. A tecnologia.
Passei a me aproximar de ambientes tech
Eventos smart cities, de fintechs, de edtechs, em especial, do Web Summit, em Lisboa, em rodadas de edições anuais, fazendo parte do ‘Women Tech’. Eu mudava meu mindset. Percebi um modelo de trabalho novo. Isso era 2015. Bastaram um note, um bom mobile, uma boa conexão e aprendi freneticamente a despachar a milhares de quilômetros do Brasil, em aeroportos, dentro de Uber, no saguão de hotéis e em mesas compartilhadas de eventos.
Ampliava em mim um contexto novo de gestão de negócios e de produtos. A importância de uso dos dados como base de análise de comportamento humano e de gestão de processos. Mas meus clientes não mudavam. Continuavam bem impressionados em receber nossos manuais organizacionais e nossas parrudas campanhas de comunicação.
Voltemos a revista EA. Provoquei naquele dia chato de produção pesadíssima, o Jeff Xavier, diretor de arte que trabalhou muitos anos comigo: “Jeff, vamos levar essa visão tech para nossos clientes. Vamos catequizar, levar um be a bá sobre tecnologias, o que é, como aplicar, como analisar, em uma revista que fale sobre o Futuro do Trabalho?”
E assim foi feito, com um excepcional projeto gráfico construído a quatro mãos, com esse talentoso profissional, e amigo, ao meu lado.
A revista EA, em apenas 6 edições é entregue com mais de 100 páginas por edição, no formato online, distribuição gratuita e cumpre uma trajetória auspiciosa. É título de relevância, radar de tendências de inovação people & tech, tanto para o ecossistema de RH como para áreas de Inovação ou de Tecnologias, é leitura cativa entre um punhado de profissionais. A revista tem conteúdo colaborativo, 100% escrito por profissionais do mercado de trabalho, de qualquer idade, profissão ou cargo, essa é nossa visão de hierarquia plana.
Tem o que contar? Vem contar na EA!
A EA ganha muitos assinantes, tem fãs e dezenas e dezenas de autores. Meados do ano passado, em plena pandemia, aconteceu uma virada de chave, havia mais profissionais do mercado interessados em entregar conteúdos do que espaço na edição Minha tomada de decisão foi bem intuitiva. A revista me fez voltar a empreender aos 57 anos! Com um universo de pessoas ao meu lado, com média de 30, 35 anos!
Empreender tech. Levar essa minha paixão por tecnologia, me desafiar a conectar, interpretar e fazer parte do ecossistema de startups. Assim, no início de 2020, com investimento próprio, iniciamos o desenvolvimento da plataforma EA, com o time parceiro da WebLite, liderado pelo Rogerio Chimentão.
A plataforma é nosso ideal de entrega de tecnologia people para o mercado. Somos a comunidade que pensa e escreve o Futuro do Trabalho.
Fundei minha startup, a CULC Inc., minha startup no final de 2021. Com mentoria poderosa de Jackie O., colunista Tech EA, profissional nativa com jornada profissional ímpar em tecnologia. De mentora, convidei-a para ser minha sócia nessa empreitada. Hoje, formamos uma dupla literalmente infernal, temos visões absolutamente antagônicas, e nisso, duas percepções distintas, um poder incrível de melhoria para nossos produtos.
Stefarss Stefanelli é empreendedora digital, pesquisadora de tecnologias para o futuro do trabalho e palestrante internacional. Embaixadora Master do Clube Mulheres de Negócio Portugal. Integrou o Women In Tech Web Summit (Portugal). Faz parte do Lusofonia Digital, no grupo Futuro do Trabalho (Lisboa, Portugal). Fundou as empresas Oakian e a startup HR Tech CULC Inc. Tecnologia. É Publisher da EA Magazine.
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