Por Rijarda Aristóteles 

 

Porque o Clube Mulheres de Negócios é um modelo de negócio inovador e disruptivo. Perturbar ou ser perturbado? Quando ouvi esta pergunta pela primeira vez em um artigo sobre o Vale do Silício, escolhi o lado de perturbar. Fazer diferente para fazer a diferença. O próprio conceito do Vale do Silício era algo perturbar e inovador.  

Eram as novas caravelas desbravando o novo mundo da tecnologia.  

Ser disruptivo é quebrar o status quo. É romper barreiras e verdades inexoráveis e únicas. Ser disruptivo nos negócios é pensar em soluções aproximativas e fora da caixa, produtos e serviços inteligentes, que resolvem demandas e que tenham acessos simplificados. 

Engana-se quem acredita que ser disruptivo é negar o tradicional, o que já foi feito ou testado. É ir além a partir do que já tem. E aí entra a ideia de inovação que não é inventar a roda, mas a partir dela criar um “Tesla”. As inovações disruptivas têm movimento, aliás formam um movimento que ocupa espaço de necessidade latente do consumidor! Por exemplo, quem imaginaria, nos anos 90, que existiria um smarthphone?

Hoje quem consegue viver sem um aparelhinho que é câmara, agenda, tem todas as informações, tem e-mail, videogames, música e também é telefone?  

Quando penso no Clube Mulheres de Negócio de Portugal vejo o quanto somos perturbadoras do status vigente. Em conceito muito mais do que na forma. A nossa inovação atinge o modus operante do ser mulher. Agimos mais em quebrar estigmas que significam o processo base da opressão de gênero. Quando criamos o Clube há dois anos pensamos em um modelo de negócios que trouxesse o melhor de nós para a arena dos negócios, insistindo na partilha, no crescimento conjunto, na potencialização a partir das expertises individuais. Um clube de negócios com critérios claros, refinados, rígidos e que alteram comportamentos que é base da inovação disruptiva. 

Não somos disruptivas (ainda) tecnológicas. Somos disruptivas na autenticidade, na base, no fim. Vamos mudar o mundo a partir de conceitos sólidos sobre o necessário e urgente protagonismo de mulheres à frente de decisões, a começar no mundo das empresas. A primeira liberdade feminina é a financeira!  

Esta é a semente que une as mulheres que percebem a sua fundamental importância para alterar paradigmas seculares de submissão e minimização do seu papel no mundo. Estamos a revelar não só os problemas (estes são demasiado conhecidos e vividos) e sim a perspectiva de que juntas, com o mesmo propósito, podemos alterar e disruptivar realidades e futuro.  

Aprender a reconhecer o seu verdadeiro potencial, sua capacidade de ação, de geração de negócios sem pagar preços emocionais altos, que há escolhas e que ao criar negócios entre nós mulheres, quebra-se a cadeia ou a corrente de que não somos capazes do crescimento conjunto. Esta é a lógica de um negócio liderado por mulheres. Por um mundo mais people que está a ser construído com base na inovação! 

 

RIJARDA (1)

Rijarda Aristóteles é doutora em História, internacionalista com expertise em Construção de Cenários, mentora feminina, autora de estudos e pesquisas sobre Inteligência Emocional Feminina, escritora e empresária. É presidente do Clube Mulheres de Negócios de Portugal. Colunista EA “Global Women.” 

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