Por Aline Sousa
Quando se fala em maximização de lucro e zelo efetivo pelas pessoas surge um paradoxo em muitas organizações que consideram essas duas vertentes como forças antagônicas. Investir no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, assim como em práticas empresariais éticas e sustentáveis, gera um ciclo de valor
O lucro não é um objetivo isolado, mas o resultado de uma gestão eficaz dos Recursos Humanos e do ambiente organizacional, ou seja, o valor gerado pelo cuidado com as pessoas deve ser integrado às métricas de desempenho financeiro.
Durante a Antiguidade, filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles não apenas buscavam compreender o mundo através da razão e da reflexão crítica, mas também moldavam a maneira como a sociedade pensava sobre a justiça, a ética e a estrutura política.
Assim como os filósofos gregos desempenharam um papel essencial na formação das ideias e estruturas que sustentavam sua civilização, o RH nas empresas deve desempenhar um papel crítico na formação da cultura organizacional e no desenvolvimento das práticas que sustentam a saúde e o crescimento da organização.
No entanto, muitas vezes o RH é reduzido a uma função meramente administrativa, encarregado de tarefas operacionais e rotinas de conformidade, sem reconhecimento de seu papel estratégico na modelagem corporativa e na promoção da inovação.
O verdadeiro valor da Gestão humana reside em sua capacidade de desafiar o status quo.
Fomentar a aprendizagem contínua dos colaboradores e lideranças, alinhando a estratégia de pessoas com os objetivos da organização.
Ambientes de trabalho que priorizam exclusivamente a maximização de lucros podem sobrecarregar os funcionários com demandas excessivas e prazos irrealistas, resultando em um aumento de casos de estresse e doenças relacionadas ao trabalho.
Fator que não só afeta a saúde e o bem-estar dos colaboradores, mas também diminui a produtividade e a qualidade do trabalho.
Outro efeito prejudicial é a deterioração da cultura organizacional.
Quando uma empresa foca exclusivamente em lucrar a qualquer custo e desconsidera que existem pessoas com as suas peculiaridades, expectativas e singularidades, este contexto pode resultar em um ambiente de trabalho tóxico, onde a competição interna e a falta de confiança entre os membros da equipe prevalecem.
Enquanto a busca pelo lucro é uma parte essencial da gestão empresarial, ignorar o cuidado com as pessoas colaboradoras pode ter efeitos colaterais graves e duradouros.
A rotatividade elevada, o esgotamento dos talentos, a decadência da cultura e o impacto negativo na reputação da marca são apenas algumas das consequências dessa abordagem.
Para garantir um crescimento sustentável e um sucesso contínuo, as empresas devem equilibrar a busca por lucros com um compromisso genuíno com o cuidado e o desenvolvimento de suas pessoas.
Aline Sousa é mãe e mulher que acredita no poder do propósito e colaboração. Formada em Administração, MBA em Gestão de Pessoas, mais de oito anos de experiência em Gente & Gestão. Headhunter, consultora de RH, mentora de carreira, professora, palestrante. Eleita Linkedin Top Voices (com mais de 560 mil seguidores), Top 20 Ibest e business influencer de grandes marcas. Colunista EA “Pessoas no centro”.
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/aline-sousa-headhunter/
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