Por Júlio Pio Papa

 

Antes de iniciar nosso primeiro artigo nessa coluna, gostaria de agradecer esse lindo convite que foi feito pela Stefarss Stefanelli, Publisher da EA Magazine, gratidão pelo convite. Certamente, contribuir, me faz muito feliz, pois sei que minha trajetória e tudo aquilo em que acredito para a área de Recursos Humanos, pode fazer a diferença nesse cenário desafiador que temos atualmente e também o que vislumbramos de futuros para esta área tão importante nas empresas. Também quero agradecer a você que está lendo esse artigo e que vai me acompanhar por aqui, nessa jornada que será muito legal, por isso, gratidão.

Bora pra action?! =)

Falar sobre Gestão de Pessoas ou área de Recursos Humanos, é algo que amo, na verdade eu nem curto o termo Recursos Humanos. Pois aprendi com uma excelente profissional que “não somos recursos, somos HUMANOS”.

Apenas a título de curiosidade e para trazer mais riqueza de detalhes para a temática desta coluna, a área ou departamento de Recursos Humanos (RH) surgiu em meados de 1920, nos Estados Unidos e, vem evoluindo ao longo do tempo, talvez não tanto quanto deveria, mas está evoluindo.

Falando um pouco de sua origem, a área era chamada de “Relações Industriais”, e ele o RH, veio para fazer o gerenciamento da relação entre empregados e empregadores. As funções eram mais administrativas e burocráticas, como por exemplo: supervisionar o desempenho dos trabalhadores, o famoso “microgerenciamento”, mas é claro, não era denominado dessa forma, e não havia preocupação nenhuma com o bem-estar do trabalhador.

Como falei da evolução e pensando nesse quesito, o RH começou a se tornar mais estratégico na década de 1950, acompanhando as mudanças na economia e no mercado de trabalho, passando a investir em treinamento e desenvolvimento (T&D), e a se preocupar com o desenvolvimento de carreira dos funcionários.

Aqui coloco um adendo quando falamos de carreira – o RH não é responsável pela carreira dos funcionários e funcionárias de uma empresa, essa responsabilidade é do próprio profissional.

O papel do RH nesse sentido é apoiar no desenvolvimento profissional e contribuir com a jornada, para gerar reconhecimento e promoções.

Abordagem mais humana

Além disso, o RH passou a ter uma abordagem mais humanizada dentro das organizações e passou a ser um forte direcionador nas tomadas de decisão dentro das mesmas. Trazendo para os dias atuais, o RH hoje é responsável por diversas atividades que impactam ou tendem a impactar diretamente no negócio e no sucesso de uma organização.

A área cuida da integração, satisfação, produtividade e continuidade (fidelização) dos profissionais em um ambiente organizacional, atende às demandas de pessoal, apoia na mediação de conflitos e busca tornar o ambiente propício para o desenvolvimento de um trabalho que tende a ser eficiente e seguro, não só de maneira física, mas mental para todas as pessoas que ali estão inseridas em uma marca empregadora.

Mas, e aí, o que são times de RH?

São profissionais que trabalham diretamente dentro da área de RH, uma equipe, podendo atuar diretamente em colaboração com estratégia do negócio ou não. Porém, pensando em evolução de papéis, esses times DEVEM se posicionar, de imediato, a atuar pensando na estratégia da empresa.

Ao mesmo tempo, ter um planejamento tácito de como promover engajamento, para que por meio de suas ações, as pessoas que trabalham na empresa, se desenvolvam com mais facilidade, se sintam pertencentes a algo maior e, consequentemente, performem melhor para que o faturamento da empresa cresça de forma exponencial e todo mundo tenha uma relação de ganha-ganha, assim como em técnicas de negociação. =)

O papel dos times de RH é fazer essa engrenagem girar de forma eficaz e sustentável.

Para que esse contexto possa acontecer temos alguns tipos de estrutura de times de RH, abaixo contextualizo algumas dessas estruturas:

  • Funcional: Times organizados por especialidade (Departamento Pessoal – DP; Recrutamento e Seleção – R&S; Treinamento e Desenvolvimento – T&D; Benefícios; Remuneração – Cargos e Salários (C&S); Clima e Cultura; C&C, e etc.
  • Unidade de Negócios – BU – Business Unit: Times dedicados a atender as necessidades específicas de diferentes departamentos ou unidades de negócio dentro de uma organização. Podemos dizer que essas unidades, são reconhecidas como “clientes internos”, que devem ser atendidos de acordo com suas demandas.
  • Matriz ou de forma Matricial: Times de RH que se reportam a duas ou mais pessoas em posição de liderança, como por exemplo, uma liderança funcional ou uma liderança de projeto que pode ser pontual ou não.
  • Projetos: Times de RH formados para trabalhar em projetos específicos, como por exemplo: implementação de um novo sistema, implementação das famosas avaliações de desempenho, programas de Diversidade & Inclusão, Transformação de Clima, Transformação Cultural, entre outros.
  • Job Rotation (rotação de trabalho): Times de RH em que todos são especialistas em seus subsistemas, mas podem atuar de forma generalista, aprendendo e fazendo o trabalho dos seus pares, sempre que necessário.
  • Híbrida: Times de RH com diferentes estruturas, buscando sempre se adaptar às necessidades da organização onde estão inseridos.

Neste primeiro artigo, trouxe uma visão 360 graus da estrutura desta importante área, o RH.

Mas quem compõe um time de RH? Em que são formados? Quais as habilidades mais desejadas em um time de RH? Quais os diferenciais para se trabalhar com Gente? Como pensam times de RH na era digital? Gostar de gente é mesmo pré-requisito para se trabalhar no RH?

Aguarde! Vamos desdobrar essas reflexões, conhecer essas “personas” mais de perto, em detalhes de personalidade e de atuação, no meu próximo artigo! Finalizo com uma reflexão: Coisas incríveis no mundo dos negócios nunca são feitas por uma única pessoa, e sim por uma equipe.

 

Julio Pio Papa - O que são estruturas de equipe de RH

Júlio Pio Papa é um profissional apaixonado por impactar a vida das pessoas de forma positiva. Com 20 anos de experiência na área corporativa, atua em RH e seus subsistemas. Bacharel em Administração de Empresas, com graduação em Administração de RH, pós-graduado em Psicologia Organizacional e MBA Executivo em Gestão de Pessoas, com carreira desenvolvida em empresas nacionais, multinacionais e startups. Colunista EA “Times de RH”.

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