Por Jorge Luis Krolikowski

 

Geralmente quando se fala em metas nas empresas, focamos em algo que possa medir
os resultados numéricos. Por que não sairmos do tradicional? Podemos inovar em relação a utilização de metas. Vamos incluir questões mais importantes nas empresas, como o dia a dia dos seres humanos dentro da organização, e estabelecer metas para elas.

A meta principal será desenvolver cada pessoa que faz parte da empresa, de forma que com o tempo seja mais feliz e mais produtiva.

Precisamos preparar líderes para que realmente “cultuam” essas metas.

E no que se baseiam essas metas? Atingir um grau superior de simplicidade.

O eterno dilema, o simples é tão simples, mas poucos possuem discernimento a ponto de simplificar com inteligência.

Precisamos alcançar metas que se relacionam a viver com qualidade dentro da empresa.

E o único caminho é começar pelo topo da pirâmide. Têm que iniciar com o diretor presidente da empresa (CEO). Ele precisa acreditar e adotar as metas.

Depois ser repassada a outros diretores, gerentes, supervisores e funcionários em geral. Todos devem ser treinados e preparados para respirar as metas. Todas as áreas e pessoas fazem parte do processo. Sem exceção.

As metas têm que ser pé no chão, nada de pomposo, e sim o que está diretamente envolvido no dia a dia das pessoas.

Vamos cuidar de todos detalhes, dos mínimos e muitas vezes desapercebidos, até os mais grandiosos.

– Guardanapo

– Papel higiênico

– Absorvente feminino

– Uniforme dos funcionários

– Qualidade dos vestiários e banheiros

– Qualidade do espaço para alimentação e alimentação

E também:

-Troca de cumprimentos com sorriso

– Ter gratidão

– Apoio emocional, respeito humano e valores morais

– Desenvolver constantemente o entendimento do que são empresas, objetivos, desafios

Não é o caso de fazer um passo a passo, é preciso ser cultural, ou até melhor, é preciso circular nas entranhas de todos.

Não é algo para ler e seguir um modelo, é muito além, é algo para respirarmos.

Pense. Estamos desenvolvendo pessoas, dando oportunidade às pessoas, e todos começam a sentir as mudanças. Pois quando cuidamos do que envolvam diretamente ao seu dia a dia, elas passam a se sentir respeitadas.

A diferença no ambiente será observada rapidamente.

Estamos nos referindo a entender muito mais o que é parceria com seres humanos dentro de uma organização de trabalho. É preciso apagar alguns conceitos inadequados e voltar a reaprender como são relacionamentos. Com o tempo as pessoas vão querer mais, sim querer mais, querer aprender mais sobre comportamentos, valores morais, desenvolvimento emocional e profissional.

É uma mentalidade que vai levando segurança e confiança.

A organização começa a ser vista como parceira e capaz de levar conhecimento e oportunidades. Em um ambiente com essa construção de valor humano, o diálogo é a base do sucesso.Quando essas metas são claras, estão mostrando o rumo que a empresa segue, de forma simples e objetiva, e fica muito forte o desenvolvimento de lideranças. Os resultados na empresa serão percebidos sem necessidade de muitos esforços e sem avaliações complexas.

No dia a dia, em bate-papos simples com membros de equipes, já começamos a perceber como anda o clima no trabalho, a relação com as lideranças. Em breves reuniões com grupos, teremos sensibilidade para avaliar desenvolvimento de equipes. O líder pode muitas vezes seguir pautas propostas pela diretoria, e muitas vezes será surpreendida com pautas propostas pela equipe.

Em conversas com líderes sempre estaremos sabendo como andam os desempenhos e quais as dificuldades das equipes. Assim podemos prever onde há maiores riscos com lideranças e tentar evitar futuras demissões.

É simples, é surpreendente.

 

1654783196557 1 - Metas invisíveis

Jorge Luis Krolikowski é psicanalista e tem a vida profissional dedicada a trabalhar com pessoas. Fui executivo de gestão e desenvolvimento de negócios, morando por muito tempo em várias cidades do Brasil onde atuou em RHs e áreas comercial, sempre montando, treinando e liderando equipes. É formado pelo Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica (IBPC). Atuo como psicanalista, é autor com títulos sempre focados pela psicanálise. Se sente um apaixonado e grato pela vida. Colunista EA “Lapidando o emocional”.

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