Por Luciana Belenton
Empreendedorismo feminino é um tema que vem ganhando cada vez mais relevância no cenário global. Mulheres de todas as partes do mundo têm desafiado as normas sociais e econômicas para criar, inovar e liderar no universo dos negócios. Essa jornada é marcada por um espírito de inovação e uma resistência admirável, que têm causado um impacto significativo no mercado.
A história do empreendedorismo feminino é longa e rica, ainda que muitas vezes subestimada. Desde tempos remotos, mulheres têm contribuído ativamente para a economia, ainda que suas contribuições frequentemente tenham sido ofuscadas por uma sociedade predominantemente patriarcal.
Com a revolução industrial, houve um aumento considerável na participação feminina no mercado de trabalho, embora as condições de igualdade entre os gêneros não existissem.
Apesar dos avanços consideráveis, as mulheres ainda enfrentam uma série de desafios no ambiente de negócios.
Redes de apoio para inovação
A desigualdade de gênero continua a ser uma triste realidade mesmo depois de tantas lutas e conquistas, como diferenças salariais e baixa representação em cargos de liderança. Além disso, a expectativa social de que a mulher deve desempenhar o papel de cuidadora pode interferir em seu progresso profissional e empreendedor. Outro desafio significativo é a falta de redes de apoio e mentoria, que são cruciais para o crescimento e desenvolvimento nos negócios.
Porém, em meio a essas dificuldades, as mulheres demonstram uma capacidade notável de inovação.
Elas trazem perspectivas únicas, resultando frequentemente em soluções criativas e inclusivas. Empresas lideradas por mulheres são conhecidas por serem mais inovadoras e por adotarem uma abordagem colaborativa e centrada no ser humano. No campo da tecnologia e startups, por exemplo, mulheres estão liderando inovações, criando negócios que abordam desde problemas cotidianos até grandes desafios sociais, e a CULC , é uma excelente inspiração em HR Tech humanizada.
No setor da sustentabilidade, muitas empreendedoras têm se destacado, implementando práticas ecológicas e promovendo a responsabilidade social corporativa. No âmbito da saúde e bem-estar, mulheres estão desenvolvendo produtos e serviços que atendem às necessidades específicas do público feminino, mostrando como suas perspectivas únicas podem orientar a inovação.
Resiliência é uma característica marcante das mulheres empreendedoras.
Elas têm mostrado uma incrível capacidade de adaptação e uma perseverança frente às adversidades. Essa resistência é muitas vezes alimentada por uma forte determinação de criar um legado e abrir caminho para as futuras gerações. Histórias de sucesso de mulheres que superaram muitos obstáculos para alcançar o sucesso são fontes de inspiração e mostram que a perseverança e a visão podem transformar desafios em oportunidades.
O impacto do empreendedorismo feminino vai além do sucesso individual.
Empresas lideradas por mulheres tendem a priorizar a responsabilidade social e a criar ambientes de trabalho mais diversos e inclusivos. O aumento da participação feminina no empreendedorismo tem o potencial de transformar o cenário econômico global, criando novas oportunidades e diversificando o mercado.
O futuro do empreendedorismo feminino é promissor, mas depende de ações concretas para remover barreiras e criar um ambiente mais justo e igualitário. Isso inclui a implementação de políticas que promovam o acesso ao crédito e ao capital para mulheres empreendedoras, além de investimentos em programas de educação e capacitação para desenvolver habilidades empresariais e de liderança.
A criação de redes de apoio e programas de mentoria também são essenciais para conectar empreendedoras com líderes experientes, proporcionando um ambiente de troca de conhecimento e suporte mútuo.
A colaboração entre os setores público e privado é igualmente importante para promover o empreendedorismo feminino. Parcerias estratégicas podem ajudar a criar um ecossistema de apoio que facilite o crescimento e o sucesso das empreendedoras.
Isso inclui não apenas o apoio financeiro, mas também o acesso a mercados e redes de contatos que podem abrir portas para novas oportunidades.
A mídia e as plataformas de comunicação também têm um papel importante a desempenhar, ao destacar histórias de sucesso de mulheres empreendedoras e promover modelos de papel positivos. Isso pode ajudar a desafiar estereótipos de gênero persistentes e inspirar uma nova geração de empreendedoras a perseguir seus sonhos.
Por fim, é importante reconhecer e celebrar o sucesso das mulheres empreendedoras.
Histórias de sucesso podem servir como inspiração para outras mulheres, mostrando que é possível superar os desafios e alcançar o sucesso nos negócios. Essas narrativas não apenas inspiram, mas também desafiam os estereótipos de gênero, ajudando a construir uma cultura que valoriza e apoia o empreendedorismo feminino.
Em conclusão, o empreendedorismo feminino é uma força poderosa para a mudança e o progresso. Ao enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades, as mulheres estão não apenas transformando suas próprias vidas, mas também impactando positivamente suas comunidades e a economia global. Com apoio contínuo e um compromisso firme com a igualdade de gênero, o futuro do empreendedorismo feminino é brilhante e cheio de potencial.
É hora de reconhecer e apoiar essa força transformadora, garantindo que as próximas gerações de mulheres possam continuar a moldar um mundo mais justo e inclusivo.
Luciana Belenton é mentora dedicada a apoiar mulheres na busca do autoconhecimento, por equilíbrio entre carreira e vida pessoal. Graduada em Medicina Veterinária (UNESP), tem especialização em Gestão Agroindustrial (UFLA) e MBA em Gestão de Agronegócios (FGV), certificada Green Belt (Yokoten) e Terapeuta de Saberes Femininos (Isa School), pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental (Faculdades Metropolitanas). Por 25 anos atuou como executiva no setor alimentício, em empresas como Seara Alimentos, Marfrig, Keystone e Cargill. Com uma década de experiência na China, sua última posição foi como diretora de Agropecuária para Ásia e Europa. Redirecionou sua carreira e expertise de gestão e liderança para atuar no empoderamento feminino. Colunista EA “Ecos de empoderamento”.
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