Por Rosana Nicácio

 

Vivenciamos, ininterruptamente, a Revolução 4.0, onde elementos como chatbots, humanoides, drones, criptomoedas, inteligência artificial e internet das coisas permeiam de forma intrínseca nosso cotidiano. Essas inovações, sem dúvida, otimizam inúmeros processos em diversos setores da sociedade. Entretanto, é incontestável que, diante de tantas transformações, persiste lamentavelmente a formação de profissionais alinhada aos paradigmas do século passado.

A 4ª Revolução Industrial delineia uma sociedade com menos empregos, onde o domínio do conhecimento na era do Saber destaca-se em um mundo repleto de indivíduos. É crucial ressaltar que a inovação e a tecnologia não devem ser questionadas apenas quanto ao “o que”, mas sim quanto ao “por que” e “para quem”.

O impacto nas gerações futuras deve ser um pilar norteador dessas transformações.

Assim, para aqueles que persistem em uma mentalidade individualista, que empreendem desprovidos de uma causa significativa, focados exclusivamente na monetização e retorno imediato, estão susceptíveis a se verem obsoletos em um breve intervalo de tempo.

É de suma importância considerar as tendências, solucionando primeiramente as pendências. De nada adianta buscar inovação e possuir tecnologia de ponta sem promover uma transformação integral, que abarque a cultura organizacional de uma empresa. Mudança de hábitos, processos e empreendimentos embasados em valores e princípios éticos.

Redes de soluções

O vasto arsenal de tecnologia e inovação à nossa disposição nos permite, àqueles que estiverem dispostos a enxergar, a oportunidade de conquistar mais tempo, qualidade de vida e, acima de tudo, uma conexão mais humana.

Sim, é possível utilizar a tecnologia como aliada na criação de laços mais estreitos entre as pessoas, amalgamando as habilidades de profissionais de diferentes perfis ao redor do globo, formando redes de soluções e conferindo real significado de pertencimento a projetos e inovações.

Portanto, estimular e envolver nas organizações a participação dos “rebeldes com causa”, indivíduos éticos e comprometidos com um propósito maior. Somente assim teremos empresas verdadeiramente solucionadoras e comprometidas com o bem coletivo.

Em última análise, recordemos que a tecnologia é concebida por pessoas e para pessoas. Nada nos impede de trilhar o caminho de uma humanidade cada vez mais genuína.

Na era da inovação, a verdadeira revolução está na humanização.

 

Rosana 4

Rosana Nicácio é uma eterna aprendiz da Universidade da Vida. Amante incondicional das dádivas da natureza, do afago da família, da poesia em forma de canção, do sorriso no rosto, da alegria que contagia, do bom, do belo e do bem. Graduada em formação de Executivos e pós-graduada em Gestão de Pessoas (UNP Universidade Potiguar), life coach (Escola Latina Americana de Coach, SP), mentora organizacional (Erlich Mentoring, Brasil/Europa), certificada na metodologia Lego Serious Play® (Strategic Play Training), tem vários cursos de extensão em Inovação e Futurismo (ESPM). Co-autora do livro “SobreGentes – Histórias Curtinhas de Gente de Verdade”. Mais de 30 anos atuando como executiva de mercado, consultora, palestrante e mentora de Gente & Gestão, nos segmentos do Comércio, Serviço e Indústria. Colunista EA “Organizações Humanizadas”.

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