Aprenda a conviver com o TDAH | Margarete Chinaglia

 

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade se refere a funcionalidade do cérebro. Ele não é considerado uma doença, mas sim fundamentado em mensagens e respostas relacionadas a atenção, controle de impulsos e movimentos, algumas vezes em momentos desconexos.

Como isto afeta o comportamento?

Comprovadamente através de estudos as pessoas com TDAH apresentam diferenças na estrutura e funcionamento do cérebro em comparação com aqueles sem o transtorno. Os locais no cérebro onde ocorre isto são responsáveis pelo controle da atenção, planejamento e tomada de decisão, portanto diretamente relacionado ao comportamento.

A dopamina, um neurotransmissor, desempenha papel fundamental no TDAH, afetando a regulação da atenção e do movimento.

Qual o impacto na prática, sendo portador adulto de TDAH e que se encontra no mercado de trabalho?

A resposta é depende

  • Se ele já vem com um diagnóstico desde a infância e já fez suas adaptações de convivência com o TDAH na sua vida OU
  • Se ele foi diagnosticado na fase adulta e passou a entender muitas ocorrências que viveu na infância, mas que ainda não se adaptou com sua funcionalidade, se vê com muitas dificuldades OU
  • Ainda aquele adulto que nunca foi diagnosticado, mas sabe que deve existir algo diferente com ele devido a inúmeras intercorrências.

Percebam que há muitas variantes que entrelaçam o TDAH, mas que o mais importante é você aceitar e aprender a conviver com ele tirando proveito disto.

Em momento nenhum afirmei que há facilidade em executar isto, mas afirmo com experiência que é totalmente possível acontecer.

O mercado de trabalho não está preparado para recebê-los, acolhê-los, mas eles estão cada vez mais inseridos e trabalhando neste mercado. Há diferenças quando você aceita e conta que é portador de TDAH ou quando você omite isso para a empresa.

Não tem certo ou errado, mas tem consequências em ambas as posições

  • Se você omite e aparecem as características do transtorno, corre o risco de sofrer preconceito, bullying, ser chamado de incompetente e ser penalizado por algum equívoco.
  • Se você expõe o transtorno, dependendo do local onde trabalha, pode ser acolhido e ajudado e, ainda, há grande chance de promover melhorias no seu funcionar.

Vale deixar claro que o TDAH não afeta inteligência, pelo contrário, são pessoas muito inteligentes e se destacam nas coisas que gostam de fazer. São criativos, inovadores e empáticos, características importantes no trabalho.

A saída é aceitar o TDAH, aprender a lidar com as características e entender como pode usá-las em seu benefício. Se esta for sua condição, assuma o TDAH, construa sua vida pautada nas suas competências e habilidades que com certeza são muito maiores do que o transtorno.

Dê importância ao que tem de bom em você, o resto é ajuste para ficar melhor e ser feliz.

Caso viva estas situações relatadas no texto, deixo a sugestão deste meu livro, que creio, irá ajudá-lo a fazer estes ajustes.

Indicação de leitura

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“Desatando os Nós do Transtorno do Déficit de Atenção”, Margarete Chinaglia, Saramago-Albatroz

 

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margarete 1 - Aprenda a conviver com o TDAH

Margarete Chinaglia é consultora e coach de Carreira, palestrante Diversidade e Inclusão Etária, farmacêutica Bioquímica (UNESP) e escritora. Integra o creators Linkedin. Tem especialização em Gestão e Promoção à Saúde (FGV), em Administração Hospitalar (UNIFAE) e MBA em Auditoria em Serviços de Saúde (IBEPEX). Colunista EA “Tendências de Carreira”. 

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